quarta-feira, 20 de abril de 2011

Venezuela: Número de docentes é pequeno para cobrir procura

Mundo Português

A procura de cursos de português na Venezuela está a crescer, mas centros e escolas tem dificuldades em dar resposta por falta de salas e de professores. A afirmação é do director da editora Lidel Edições Técnicas Lda, que em declarações à Lusa defende a concessão de bolsas a “professores venezuelanos para fazerem um curso de formação em Portugal.

“Ultrapassamos o problema dos livros (no passado só existiam fotocópias), mas agora estamos com o problema dos professores. A procura é enorme e, por exemplo, o Centro Português de Caracas já não tem capacidade para aceitar mais alunos, porque não tem salas nem professores suficientes para ensinar crianças, adultos e jovens que querem aprender o português”, referiu José Homem de Mello.

No final de uma visita a Caracas, onde conversou com professores de português de diversos organismos e com responsáveis pela Colegial Bolivariana (editora venezuelana que distribui os livros editados pela Lidel) para o ensino do português na capital venezuelana, o editor afirmou que “há várias maneiras resolver esse problema”. Uma delas seria conceder bolsas a “professores venezuelanos para que fossem a Portugal fazer um curso de um ano ou seis meses”, a outra seria “enviar professores de português para cá (Venezuela)”. A terceira alternativa “seria Portugal enviar formadores para formar professores aqui”, explicou.

Cursos de formação em Caracas

Contactado pela Agência Lusa, o professor David Pinho confirma que se sente a falta de professores de português no país e que alguns organismos, por questões de espaço, têm dificuldades em programar vários cursos da língua. “Há uma limitação de espaços a nível geral (nos centros), uma situação que não é tão limitada nos colégios onde é possível programar cursos em diferentes horários”.

David Pinho frisou ainda que um grupo de 30 professores está a fazer um curso intensivo para formadores que envolve inclusivamente a adaptação às novas normas ortográficas. Mas segundo o professor o aumento da procura de cursos de português também se verifica a nível universitário.

A cônsul-geral de Portugal em Caracas, Isabel Brilhante Pedrosa, também confirmou o “crescente interesse pela aprendizagem do português e consequentemente a necessidade de mais professores”. “Estamos a trabalhar nesse domínio e estão actualmente a decorrer cursos de formação de professores em Caracas, há que dar tempo para se começarem a ver os resultados desta formação”, disse à Lusa.

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