quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Venezuela mostra dois lados de seu país: arte e culinária, no próximo dia 17


Com três renomados artistas daquele país e ganhadores de vários prêmios internacionais, Morella Jurado, Carlos Ancheta e César Rojas, a mostra Ilhamérica, a Arte Venezuelana hoje terá técnicas de pintura e fotografia.

“É a primeira vez que o Brasil recebe uma coletiva de arte venezuelana. Isto é importante, porque podemos mostrar outro lado de nosso país. Metaforizando, vivemos em um continente, cheio de ilhas, separadas pelo idioma, entre outros temas. Com a arte, podemos nos aproximar. É a linguagem universal”, disse Morella Jurado, principal artista e coordenadora da exposição.

Jurado ainda informou que será possível degustar a culinária venezuelana. “Serão servidas arepas, cachapas, tajitas. Queremos mostrar as maravilhas de nosso país”.

Os artistas já estão no Brasil. Ela participou da mostra Transfronteiras, na Galeria Marta Traba, no Memorial da América Latina, no mês de setembro.

Serviço:
Ilhamérica: a arte venezuelana hoje
Onde: Galeria Dalmau Studio. Rua Groenlândia, 1943. Jd América. (11)
3063-5813
Quando: de 17 de Novembro a 8 de dezembro de 2010
Horário: 20 horas

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alunos do IBP em São Paulo visitam RPBC


Por Viviane Nunes, de Cubatão

Para pôr em prática as aulas aprendidas no curso de extensão, os alunos do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em São Paulo, estiveram na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, no início do mês de novembro. A visita técnica durou quase seis horas e foram percorridas as principais unidades de processo.

A presidente da Cãmara Venezuelana de Santa Catarina, Cleoni Esmério Trindade, uma das alunas do curso, participou da visita técnica. "Isto nos propiciou solidificar os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso, apliando o aprendizado sobre o assunto".

Museu Pelé e Parlamento indígena: o aval de Niemeyer



Por Viviane Nunes, do Rio de Janeiro

Na foto: Niemeyer, Vivas e Viviane Nunes

Quinta-feira, 4 de novembro de 2010. O dia de Oscar Niemeyer, o maior e mais consagrado arquiteto do Brasil, foi repleto de atividades e emoções. O que não seria nada surpreendente, caso ele não estivesse prestes a completar 103 anos.

Na cobertura de um edifício, de frente para o mar em Copacabana, em um escritório praticamente sem paredes – bem ao seu estilo arquitetônico, Niemeyer recebeu duas grandes personalidades: o Rei Pelé e o arquiteto venezuelano Fruto Vivas.
Vivas, grande amigo de Niemeyer há mais de 60 anos e com quem já trabalhou em grandes obras, como o Museu de Caracas, visitou o colega para lhe entregar o projeto do Parlamento Indígena Latino Americano, a ser erguido em Brasília. A construção é toda ecológica e autossustentável. “É um projeto que existe há muitos anos.”, comentou o venezuelano, desde a época da edificação de Brasília.

Ainda em meio a emoção do encontro, Fruto Vivas disse a Niemeyer que a Universidade Central de Caracas, a mais importante daquele país, vai instalar até o final deste ano a Cátedra Oscar Niemeyer, para que os alunos aprendam seu estilo arquitetônico.

Com uma lucidez impressionante, ao ser questionado sobre seus engenheiros calculistas e sua importância para a realização de suas obras, o arquiteto disse que todos foram e são fundamentais para a sua concretização. “Joaquim Cardoso foi um deles”, disse.

Sobre o futuro do Brasil, com a eleição da nova presidente Dilma Roussef, ele foi categórico: “Votamos e a apoiamos porque acreditamos que ela vai dar continuidade ao governo Lula”.

Pelé – foi apresentado no mesmo dia, o projeto do museu inspirado no jogador, a ser construído no centro histórico de Santos. A construção faz parte do processo de revitalização do centro da cidade portuária.
Em frente, será erguido o Monumento Pelé, em forma de uma esfera de sete metros de diâmetro, embaixo de uma placa de 20 metros de altura. Em seu topo, uma figura vazada da silhueta do Rei do Futebol comemorando um gol dando um soco no ar. Os gastos totais estão orçados em R$ 20 milhões, arrecadados da iniciativa privada. A primeira parte já está pronta. A conclusão final está prevista para 2012 – dois anos antes da Copa do Mundo.

De acordo com a Prefeitura, serão três blocos interligados abrigando os seguintes espaços: Bloco Central, com 550 m², é a entrada do museu, duas lojas, café e sanitários; e Bloco Um, de 1.405 m², tem área para exposições temporárias e auditório de 80 lugares, em forma de esfera de 12 m de diâmetro, onde serão apresentados documentários, filmes e os gols de Pelé. No pavimento superior, está o setor administrativo. O prédio principal foi doado pelo Governo do Estado de São Paulo e passará por reformas.

Com 1.232 m², o Bloco 2 está reservado para o acervo de Pelé, com seus objetos pessoais, fotos, filmes, troféus e material impresso dentro de um grande cubo de vidro. Dali, mezaninos liberam a continuidade das perspectivas, em conjunto com a vedação em vidro de todo o perímetro do edifício.

O museu contará com alta tecnologia, a exemplo internacional e do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e acessibilidade para pessoas com vários tipos de deficiência. Terá mais de três mil peças de acervo, incluindo uma réplica da taça mundial de 1970 a Jules Rimet, que foi roubada e derretida.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pdvsa dice que tiene $400 millones para refinería con Brasil

La planta "Abreu e Lima" en Pernambuco, tiene un costo previsto de $12 millardos.

EL UNIVERSAL

Foto: Agência Petrobras

Caracas.- Pdvsa aseguró hoy que tiene listos 400 millones de dólares para invertir en la construcción de la refinería "Abreu e Lima" en Pernambuco, en Brasil, informó Reuters

Esta planta es un proyecto junto con Petrobas, en el cual la estatal venezolana debe aportar 40% del capital. Se prevé que la refinería tenga un costo de 12 mil millones de dólares.

Pdvsa ha señalado que sí honrará su compromiso en el proyecto, pese a algunas versiones surgidas desde Brasil que indicaban que la petrolera venezolana no participaría ante su falta de aporte de recursos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleições 2010: uma cidadã escrevendo suas emoções

Por Viviane Nunes

Dilma ganhou. E como disse o Estadão, em sua capa do dia 1º de novembro, a vitória é de Lula. Não sou especialista em política. Nem pretendo sê-lo. Mas sou cidadã. Estou com uma mistura de alegria e tristeza. Triste, porque Lula não será mais Meu presidente. E muito, mas muito feliz porque Meu país será governado por uma mulher.
E, pelo pouco que vi, uma mulher altiva.

Nos últimos oito anos, tive orgulho de ser brasileira. Vi Meu país se colocar ao lado das grandes ditas potências mundiais. Uma foto emblemática no Estadão: Bush, sentado ao lado de Mantega, sussurrava em seu ouvido. Não lembro a data, menos ainda qual a reunião. Mas o retrato ficou em minha mente. Quando isto iria acontecer?

Vi uma campanha pautada por críticas e acusações. Vamos nos lembrar de que não há santos. Vi poucas propostas de trabalho. Vi a imprensa fazer um papel muito estranho. Parecido com o que aconteceu na Venezuela. Vi capas de revistas colocando o presidente Lula em forma de porco. Vi televisões fazendo montagens de agressão. O próprio fascismo. E agora?

Segunda, pela manhã, ouvindo a Globo News, levei outro susto. Um positivo e outro negativo. O positivo: Alckmin, governador eleito de São Paulo em primeiro turno e com uma vitória mais-do-que-merecida e Aécio, senador de Minas, em entrevista, disseram: “estamos abertos ao diálogo”. Atitude inteligente, típica de líderes que trabalham em prol de seu povo. O negativo: um deputado, não me recordo qual, pois estava sem óculos e apenas escutando, disse: “serei oposição desde o primeiro dia”.

Ora. Então é ser oposição apenas pelo fato de não gostar do vermelho? Ou melhor: por estar com seus brios feridos? Não seria prudente fazer oposição àquilo que não será bom para o povo????

Domingo, voltando do Guarujá, onde meu marido vota, estava escutando a Rádio CBN. E ouvi uma pérola. Lucia Hippolito, uma jornalista que respeito muito, ao ouvir o comentário do apresentador, informando que Chávez já declarava Dilma como vencedora pelo Twitter, afirmou categoricamente: “Não acredito. Chávez tem Twitter? Eu o considero tão obsoleto.” Nonato, o outro jornalista, parecia tentar amenizar o espanto da colega: “Ele já tem há muito tempo”. Ele não só usa Twitter, como montou uma agência de comunicação, a Agência Venezuelana de Notícias, com informações diárias das ações governamentais. É igualzinho a EBC. Chávez tem aquele jeito popular de se expressar. Porém eu posso assegurar: é um dos homens mais cultos e inteligentes que já conheci em minha vida.

E, na minha cabeça, ficou claro que o importante para muitos é ridicularizar. É sempre falar mal, sem efetivamente conhecer a realidade do país. Todas as nações do mundo têm problemas. Não há uma região que seja100% perfeita. Aliás, existe: Shangri-lá.

Existem ações muito boas na Venezuela. Só para citar um exemplo: a Unesco, desde 2003, já considera a nação livre de analfabetismo. Quem acha que a Venezuela era melhor antes, está enganado.

Poderia escrever páginas e páginas sobre as relações entre os países. Mas o tempo não me permite. De qualquer maneira – e já finalizando – apesar de não ser economista, acredito que seguir a política econômica do atual governo me parece sinal de inteligência. Somos o grande líder da América Latina. E isto não pode morrer.

Mas para tentar minimizar a falta de informações latino-americanas, ou melhor, o conhecimento, na maior parte das vezes, apenas de agência, será preciso um trabalho muito duro. E será preciso estar com mente e coração abertos.