segunda-feira, 25 de abril de 2011

Santos agradece Chávez por prisão de suposto membro das Farc

BOGOTÁ, 25 ABR (ANSA) - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, agradeceu publicamente ontem o governo da Venezuela pela recente prisão de um suposto guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O mandatário colombiano declarou que havia telefonado no sábado para seu colega da Venezuela, Hugo Chávez, para pedir-lhe que detivesse o guerrilheiro Joaquín Pérez Becerra, conhecido como Alberto Martínez. Seus passos estavam sendo monitorados e previa-se que desembarcaria no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía em um voo saído de Frankfurt, na Alemanha, no mesmo dia.

"Dei-lhe o nome e lhe pedi que para que colaborasse conosco na captura. [Chávez] não titubeou", comentou Santos. Becerra era procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) e agora será extraditado para a Colômbia, conforme anunciou Santos. Ele é acusado de ser um dos porta-vozes do grupo ilegal na Europa e um dos responsáveis pela manutenção do site das Farc.

"Esta é uma mais uma demonstração de como esta colaboração [diplomática] está fluindo e está sendo efetiva", colocou o presidente da Colômbia.

Ele também agradeceu as autoridades do Equador pela prisão de um suposto chefe de um grupo criminosos que opera no chamado "eixo cafeeiro", no centro-oeste do país.

O criminoso foi preso na semana passada em Guayaquil, no sudoeste da Colômbia, e, de acordo com Santos, está sob ordens da Justiça colombiana em Pereira, capital do departamento de Risaralda, no oeste de seu país, "onde cometeu todo tipo de crimes", contou.

As detenções de colombianos em solo equatoriano e venezuelano vão na contramão do que eram até pouco tempo atrás as relações entre esses países. Em 2008, por causa de um bombardeio em um acampamento das Farc promovido pelas forças de Bogotá no Equador, Quito chegou a romper relações diplomáticas com a nação vizinha.

A Colômbia, até meados do ano passado sob o comando do ex-presidente Álvaro Uribe, também acusava a Venezuela de abrigar membros da guerrilha em seu território, e quando apresentou supostas provas da acusação, Chávez também decidiu romper as relações diplomáticas.

Com a entrada de Santos, ex-ministro de Defesa do governo Uribe, na Presidência colombiana, Bogotá e Caracas reataram as relações diplomáticas e assinaram diversos acordos de cooperação. (ANSA)

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