sábado, 23 de outubro de 2010

Venezuela, Siria, Irán y Malasia instalarán refinería con capacidad de 140 mil barriles de petróleo

Assessoria PDVSA

Los gobiernos de Venezuela, Siria, Irán y Malasia han venido trabajando en el acuerdo para la construcción de una refinería con una capacidad de 140 mil barriles de petróleo, según informó el ministro del Poder Popular para la Energía y Petróleo, Rafael Ramírez, a su llegada a la ciudad de Damasco.

“Acá en Siria hemos venido concretando un acuerdo para la construcción de un convenio en conjunto, es una refinería de una capacidad de 140 mil barriles, estaríamos participando Siria por supuesto, Venezuela, Irán y Malasia”.

El ministro Ramírez resaltó la importancia del proyecto debido al rol de observador que Siria juega en la Organización de Países Exportadores de Petróelo y cuya producción es de 450 mil barriles de petróleo diarios, pero que no es suficiente para abastecer su mercado interno

Comentó que la idea es revisar el acuerdo de esta refinería, “que nos permita salir avanzando en la mejor decisión de hacer el cronograma de la construcción”.

Con los 140 mil barriles de petróleo de la refinería se estaría abasteciendo principalmente el mercado interno sirio y eventualmente se podrá exportar al área”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Camex aprova estudo para financiamento à exportação de máquinas para África e América Latina

A Camex (Câmara de Comércio Exterior), aprovou nesta terça-feira(19), a proposta apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário de instituir uma linha de financiamento voltada para a exportação de máquinas e implementos agrícolas fabricados no Brasil para países da África e América Latina, adequado para a produção da agricultura familiar. Foi criada uma comissão formada pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Planejamento, Fazenda e Banco Central que devem apresentar uma proposta de cooperação em 15 dias.

A proposta seguirá o modelo existente no Programa Mais Alimentos, criado pelo MDA em 2008, com o objetivo de incentivar a modernização e a qualificação das propriedades familiares brasileiras. A cooperação vai contemplar três áreas de trabalho: financiamento, assistência técnica e setor privado produtor de bens a serem exportados.

O ministro Guilherme Cassel ressaltou a importância para o mercado da indústria metal-mecânica brasileira: " Este segmento industrial teve uma forte expansão ao voltar sua produção de máquinas, tratores e implementos para as necessidades da agricultura familiar brasileira. Com a possibilidade de financiamento para a exportação, abre-se um novo nicho de mercado para a indústria brasileira, além de contribuir para modernizar, intensificar a produção de alimentos e o desenvolvimento rural dos países africanos e latino americanos".

A linha especial de financiamento foi um dos compromissos que o governo brasileiro assumiu durante encontro, em maio deste ano, " Diálogo Brasil - Africa sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural" . Na ocasião, o presidente Lula propôs que o Brasil criasse uma linha especial de financiamento para exportação de máquinas e tratores com o objetivo de modernizar e qualificar a agricultura familiar dos países africanos. O objetivo da cooperação é aumentar a produção de alimentos naquele continente. A proposta também vai estender o financiamento aos países da America Latina e Mercosul.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Silvio Santos perdeu seu posto de maior comunicador do Brasil: agora é a vez de Lula.

Imagem: Steferson Farias/Agência Petrobras de Notícias

Por Viviane Nunes

Segunda-feira passei praticamente o dia todo acompanhando atividades do presidente Lula e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.

Pela manhã, fui à Revap – Refinaria Henrique Lage em São José dos Campos, para a inauguração das unidades de coqueamento e hidrotratamento, parte dos investimentos da Petrobras em suas refinarias para adaptá-las ao refino de óleo pesado.

O que mais me impressionou não foi o crescimento da produção (que, aliás, subiu de 181 mil barris de petróleo por dia em 1980 para dois milhões de barris de petróleo por dia em 2010) ou o valor dos investimentos nos últimos oito anos e nos anos vindouros: cerca de U$ 8 bilhões para modernização e mais U$ 20 bi para construção de novas refinarias.

Aqui me permito um parêntese técnico de três parágrafos, além deste, antes de continuar a narrativa.

Desde 2006, o investimento para a modernização da Revap foi de U$ 3,5 bi. A unidade de hidrotratamento (HDT) é para produzir seis mil m³ de derivados de alta qualidade como, por exemplo, diesel a 10 PPM, cuja obrigatoriedade de uso no Brasil é só a partir de 2013, para atender às resoluções do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). A unidade de coque, por sua vez, vai propiciar o maior uso de óleo pesado brasileiro, convertendo o óleo combustível em GLP, nafta, gasolina, diesel e coque verde de petróleo, usado nas indústrias siderúrgicas, por exemplo.

Até 2011 serão inauguradas mais unidades de coque e HDT, pois a proposta da Petrobras é deixar suas refinarias flexíveis, atendendo ao refino deste hidrocarboneto com diversos graus API (escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade relativa).

A Revap responde por 14% da produção de derivados no Brasil, processando 252 mil bpd. Os principais produtos são: querosese de aviação, gasolina, gás de cozinha, óleo diesel, nafta petroquímica, óleo combustível, asfalto e propeno.

Continuando a narrativa, o que mais me impressionou foi a facilidade com que o presidente do Brasil se comunicou com a plateia presente. Como ele simplificou algo completamente complexo, como é a indústria petrolífera e toda a questão comercial, ambiental e politica que a envolve. E, principalmente, se fez ser entendido.

Disse algo mais ou menos assim: o querosene que produzimos hoje é de péssima qualidade, com altíssimo teor de enxofre – grande poluidor e devastador do clima, causando, por exemplo, a chuva ácida. E enfatizou: 1.500 PPM. E o que será produzido pela Revap, a partir de agora, será com 10 PPM.

Só com este dado, a plateia já vibrou. Afinal, cair de 1.500 para 10 é uma queda bastante brusca para qualquer coisa: são 150 vezes menos... Mas o melhor estava por vir e foi aí que o público quase derrubou a tenda onde acontecia a cerimônia: Lula pegou dois vidrinhos e os levantou. Um com diesel mais escuro e outro com diesel transparentíssimo, tão transparente que parecia água, e disse mais ou menos assim: “vocês estão vendo este escuro aqui, a cor é quase igual a um óleo de fritar bife. E vai ficar assim, branquinho! Mas é apenas para os carros beberem!”.

Não aguentei. Caí na risada. Assim como todos. E ele foi extremamente ovacionado.
Lula continuou o seu discurso. Falou sobre a modernização de refinarias, para evitar a importação de petróleo ou derivados e assim conseguir uma reversão de valores: ao invés de importar, passar a exportar e gerar mais receitas para o país.

Falou da Europa. Que este novo diesel poderá entrar no continente europeu, cujas regras ambientais são bem mais severas do que a de outros países. Conquista de um novo mercado consumidor.

Foi além: “Sabem o que isto significa? O padrão de qualidade da Petrobras vai aumentar. E muito. A empresa já é respeitada no mundo inteiro, é a segunda petroleira do mundo”. Lula arrancou mais aplausos quando disse que foram investidos cerca de U$ 23 bilhões para recuperar a capacidade da indústria e, nesta hora, citou o pré sal e as pesquisas para sua exploração.

Conseguiu ainda mais risos. E risos sinceros. Desta vez, porque vai até Tupi (que terá a capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia), no final deste mês, para acompanhar a primeira extração comercial do óleo do pré sal. Disse que ia “arrancar” o petróleo a sete mil metros de profundidade, mas que tinha medo de helicóptero. Daí, aproveitou para falar de família, netos, time de futebol. Se fez amigo, irmão de cada um dos presentes. E pediu para ninguém falar o nome de sua candidata. Pois ele não estava em campanha, naquele momento....

E falou do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Da atual empregabilidade da indústria naval: 50 mil pessoas em todo o Brasil, contrução de novos estaleiros, recuperação da engenharia brasileira, capacidade de produção da indústria nacional, inauguração da P57, Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello)...

E falou das 14 novas universidades, dos 126 cursos de extensão, das 114 escolas técnicas...

E falou: nunca antes na história deste país... E todas as vezes, o fez como melhor amigo do ouvinte.

Eu parei para pensar.

Senti orgulho de tudo o que ele disse e não tenho vergonha de afirmar. Fiquei feliz ao ver a Petrobras, que era uma empresa odiada, por ser considerada poluidora, há mais de 15 anos, ser uma das mais admiradas do Brasil e das mais importantes do mundo.

À noite, ainda acompanhando Lula e Gabrielli, a confirmação sobre a Petrobras. Na festa promivida pela Revista Carta Capitail, que entregou a premiação “As mais admiradas do Brasil”, a estatal petroleira estava lá. Assim como outras empresas, como Coca-Cola, Apple, Itaú, Odebrecht Cotia Trading (estas duas associadas à Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil), Hering, Vale, Natura, Ambev, Fast Shop, Renner, entre tantas outras, com a presença de Lula, Gabrielli, Mantega, Miguel Jorge, Orlando Silva, Abilio Diniz, Nizan Guanaes, Setubal, Guilherme Leal (dono da Natura e vice da Marina), Ivan Zurita e toda a nata empresarial brasileira.

Estamos há menos de 15 dias da eleição presidencial. Só o que peço, é para o próximo governante não tirar o orgulho, que muitos de nós sentimos pela primeira vez, de sermos brasilieros.

Ipea lança segunda edição de indicador internacional

Análise parte de um conjunto de entidades, como câmaras de comércio, embaixadas e empresas multinacionais

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança na próxima quinta-feira, 21, às 14 horas, a segunda edição do Monitor da Percepção Internacional do Brasil. O indicador, calculado trimestralmente, mostra a avaliação de agentes internacionais sobre o País.

Entre as instituições ouvidas estão embaixadas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas multinacionais. O indicador, disponível em Português, Inglês, Francês e Espanhol, avalia três temáticas: aspectos econômicos, sociais e político-institucionais. Na primeira edição, o indicador mostrou resultados moderadamente favoráveis, com todos os indicadores positivos.

A segunda edição do indicador será lançada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, na sede do Instituto em Brasília, no Setor Bancário Sul, quadra 1, bloco J, Edifício BNDES/Ipea, subsolo. O lançamento terá entrevista coletiva, transmitida on-line para todo o Brasil.

Exportações de calçados sobem 16,4% até setembro. Venezuela está entre os compradores

Abicalçados

Até o mês de setembro as exportações de calçados registraram alta de 16,4% em volume e 11,5% em faturamento. Nos nove meses deste ano, o Brasil embarcou 109,2 milhões de pares, gerando um faturamento de US$ 1,1 bilhão, enquanto no mesmo período do ano passado foram exportados 93,8 milhões de pares com receita de US$ 1 bilhão. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

A Venezuela está entre os 20 maiores compradores. No ranking, ocupa a 16ª posição. O volume de vendas, para o país vizinho foi de mais de U$ 14,2 milhões. Em pares, quase dois milhões de calçados, sendo o valor médio do par U$ 7,79.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Presidente da Petrobras fala sobre Refinaria Abreu e Lima, durante coletiva na Revap

Foto: Steferson Farias/Agência Petrobras

Por Viviane Nunes, de São José dos Campos

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva realizada na Revap, após inauguração das unidades de coqueamento e hidrotratamento de petróleo, foi sabatinado por jornalistas da imprensa nacional e internacional.

Em resposta à Revista Venbras, afirmou que o fim do namoro PDVSA e Petrobras, divulgado na ultima semana, era apenas um zum zum zum. "O acordo firmado entre as companhias é de que a estatal venezuelana assume 40% dos custos e a Petrobras 60%. E é necessário que ela assuma estes 40%. No momento, é tudo o que eu posso falar", disse.

Reunião entre Abimaq e Embaixada da Venezuela tranquiliza empresários

Fonte: Agrolink

Encontro serviu para mostrar à indústria de maquinas agrícolas as novas oportunidades criadas com a política de segurança alimentar venezuelana

Uma reunião entre representantes da indústria de maquinário agrícola e do governo venezuelano, ocorrida nesta sexta-feira (15), marcou a abertura de um importante diálogo que serviu para mostrar as novas oportunidades no comércio bilateral entre os dois países e também para esclarecer o empresariado brasileiro em relação à estatização da empresa venezuelana Agroisleña, rebatizada de Agropátria. O encontro, que aconteceu na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo, contou com a participação do embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil, Maximilien Arvelaiz, de Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e de industriais e executivos de várias empresas do setor.

O embaixador Maximilien Arvelaiz dispersou o temor do empresariado brasileiro com a estatização da Agroisleña, uma das principais fornecedoras de sementes e fertilizantes da Venezuela e importante compradora de maquinário e equipamentos agrícolas brasileiros. “Nossa decisão permitirá a melhoria das relações entre Brasil e Venezuela em diferentes níveis e o governo (venezuelano) tem sido o principal propulsor desse estreitamento de relação. Não há nenhum motivo para interromper essa relação ou suspender as compras do Brasil”, garantiu Arvelaiz. Lembrando ao empresariado que a medida faz parte de um projeto de governo, o embaixador ressaltou o leque de oportunidades que surgirão com a Agropátria, a empresa que nasce da estatização da multinacional. “A Venezuela está apostando em um processo de desenvolvimento de nossa indústria e é claro que a agricultura é um dos principais pilares. O Brasil é essencial para o fortalecimento da Venezuela como um mercado integral, é nosso principal parceiro. A ideia é incrementar cada vez mais o comércio”, adiantou.

Eudelcio de Oliveira Dias, gerente de exportação da Nogueira S/A, empresa brasileira que produz e exporta maquinário e equipamentos para a Venezuela, deixou a reunião confiante na possibilidade de novas oportunidades. “Trabalhamos há muitos anos com a Venezuela e temos que ressaltar que foi a partir do governo do presidente Hugo Chávez que percebemos a transformação promovida na agricultura da Venezuela. Antigamente, caminhávamos pelo interior do país e víamos tratores antigos, maquinários bastante ultrapassados. Com a política de segurança alimentar do presidente Chávez, as empresas brasileiras passaram a ter maior participação no mercado venezuelano”, destacou o gerente.

Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lembrou a importância estratégica da integração entre o Brasil e a Venezuela. “Queremos promover cada vez mais a integração positiva com a América do Sul justamente para que a gente possa ter com nossos vizinhos muito mais do que a compra e venda de materiais, para que possamos produzir juntos. O Brasil sempre esteve muito voltado para si mesmo e a Venezuela para o Caribe e os Estados Unidos. Então, a ideia tem sido de aprofundar esse relacionamento com esse parceiro, com quem temos 2.200 km de fronteira seca numa região importante do Brasil”, ressaltou.

Canal aberto
O empresariado presente à reunião deixou o encontro satisfeito com a abertura do diálogo e as garantias do embaixador venezuelano. Arvelaiz pediu ao grupo que reunisse suas principais pendências e as questões de extrema urgência em um documento que será encaminhado ao ministro de Agricultura e Terra da Venezuela, Juan Carlos Loyo.

Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, reuniões como a desta sexta-feira são o caminho para reabrir os canais de comunicação entre representantes do setor de maquinário e o governo venezuelano e para aprimorar o comércio entre os dois países. “Temos duas missões. A primeira é resolver as questões mais urgentes. A segunda é criar uma agenda para reunir a nova diretoria da Agropatria e o empresariado brasileiro”, enumerou. Neto ponderou ainda que está na hora de cessar as conversas pela imprensa e começar a tratar dessas importantes questões pessoalmente.

Desinformação na mídia brasileira
O empresário Carlos Santana, representante do setor, destacou que a imprensa chegou a noticiar erroneamente que a Venezuela teria suspendido as importações. “Isso é mentira, como disse o embaixador. Mas ainda temos dúvidas quanto ao que será feito em relação aos pedidos em produção ainda sem carta de crédito abertas e em relação às cartas de crédito abertas irrevogáveis”, assinalou Santana. Essas e outras questões levantadas durante a reunião devem ser debatidas em um novo encontro, já com a nova diretoria da estatal venezuelana, que deve ocorrer em, no máximo, dois meses, segundo adiantou o embaixador da Venezuela no Brasil.

As informações são da assessoria de imprensa da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela.