terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mercosul espera que integração econômica chegue também a seus cidadãos

Terra

O Mercosul realizará nos dias 16 e 17 de dezembro na cidade de Foz do Iguaçu sua 40ª cúpula presidencial, na qual tentará firmar as bases para aprofundar suas dimensões econômica, social e cultural.

O Tratado de Assunção, que deu vida ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), completará em março 20 anos como instrumento de integração econômico-comercial, pelo qual o Brasil, país que exerce a presidência semestral do bloco, pensa em uma visão estratégica mais ampla para as próximas duas décadas.

"Em Foz do Iguaçu vamos lançar a ideia do Mercosul para os próximos 20 anos. O Mercosul será algo em movimento que significará para os países não apenas comércio, como desenvolvimento", disse em uma conferência no Rio de Janeiro o subsecretário do Itamaraty para América do Sul, Central e Caribe, Antonio Simões.

A decisão de avançar em outros campos da integração não significa que tenham sido resolvidos todos os problemas no campo econômico-comercial que afetaram o Mercosul desde sua criação, mas se deve ao desejo de seus quatro membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) de aprofundar os vínculos para outras vertentes.

Na cúpula realizada em agosto em San Juan (Argentina), foram dados passos significativos como a aprovação do Código Alfandegário do Mercosul e o lançamento do processo de eliminação gradual da dupla cobrança do Tarifa Externa Comum (AEC), medidas que nos próximos anos permitirão o avanço do bloco, com frequência freado por conflitos entre seus parceiros.

Como complemento ao acordo aprovado na cúpula de San Juan, o Brasil quer propor que sejam retomadas as discussões para impulsionar o comércio de serviços no Mercosul, já que se trata de um setor em expansão que oferece muitas oportunidades a empresas dos países do bloco.

O Brasil também tenta fazer com que seja adotado um mecanismo que estimule os investimentos entre os países-membros pois, embora os fluxos de capital em circulação tenham aumentado nos últimos anos, convém a todos intensificá-los.

"Quando se trata de Mercosul, temos a obrigação de pensar grande. O Mercosul precisa dar mais um salto qualitativo e definir metas - a um tempo, ambiciosas e razoáveis - para avançar na conformação plena da União Aduaneira e para a criação efetiva de um Mercado Comum", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em discurso perante o Parlamento do Mercosul, em outubro na cidade de Montevidéu.

Além dos aspectos puramente econômicos, a presidência semestral do Mercosul considera que a estratégia para os próximos 20 anos deve abranger também as agendas social e cidadã porque, segundo Simões, "não se pode pensar na integração só com uma visão mercantilista, mas também desenvolvimentista".

"Não vamos ter apoio para aprofundar o processo econômico e social se não levarmos em conta as pessoas", explicou o diplomata.

A integração social deu já os primeiros passos com a inauguração, no ano passado, do Instituto Social do Mercosul, com sede em Assunção, e com a adoção do Plano Estratégico de Ação Social (Peas), que foi discutido nesta semana em Brasília e será apresentado na 10ª Cúpula Social do Mercosul e aos presidentes em Foz do Iguaçu.

Segundo o governo brasileiro, este programa que inclui os quatro membros plenos do Mercosul e os associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela - este último em processo de adesão plena) tem como objetivo "combater as desigualdades sociais e garantir os direitos humanos, econômicos, sociais e culturais, especialmente da população mais vulnerável".

Mais ambiciosa é a integração cidadã, que prevê o lançamento de um estatuto que inclui avanços como as viagens sem necessidade de passaporte entre os países-membros, proteção diplomática e consular para todos os cidadãos do Mercosul, assim como facilidades para a obtenção de residência permanente em outro país do bloco e para a circulação de bens culturais.

Com estas iniciativas, o Brasil, que será sucedido na presidência semestral pelo Paraguai, quer começar a construir o que Amorim definiu como "um Mercosul dos povos".


Adesão ao Mercosul ampliaria atuação do Brasil na Venezuela

Humberto Márquez, Interpress

Há vários projetos envolvendo empresas brasileiras esperando a entrada do país no bloco para saírem do papel

A entrada da Venezuela no Mercosul, como membro pleno, ainda depende da aprovação do Congresso do Paraguai. A adesão, no entanto, simplificará os procedimentos alfandegários, aumentará o comércio e dará maior segurança jurídica, o que atrairia mais empresas brasileiras.

"Na Venezuela, há cerca de 36 projetos que envolvem companhias brasileiras que estão parados aguardando condições melhores, como uma fluidez de recursos ou que a Venezuela se una oficialmente ao Mercosul", disse Fernando Portela, diretor da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio.

A estatal Corpozulia, por exemplo, opera minas de carvão no Estado de Zulia e firmou um acordo de exploração com a brasileira Vale na serra de Perijá. No entanto, quatro grupos indígenas alegam que a zona é território ancestral e muitas comunidades se opõem à expansão da mineração na região.

Ao mesmo tempo que a presença brasileira é evidente nas gruas e no concreto reforçado, o comércio bilateral também floresce e, ao contrário das últimas décadas do século 20, a balança comercial favorece o Brasil, que depende cada vez menos das importações de petróleo e torna-se cada vez mais fornecedor de alimentos para a Venezuela.

Em 1999, o comércio bilateral totalizava US$ 1,5 bilhão, dos quais US$ 974 milhões eram vendas venezuelanas. Em 2009, as exportações brasileiras alcançaram US$ 3,6 bilhões, enquanto as importações da Venezuela foram de apenas US$ 581 milhões.

"A tendência continuará em 2010, com cerca de US$ 600 milhões em exportações de produtos da Venezuela, enquanto o Brasil exportará o equivalente a US$ 3,5 bilhões", disse Carlos Santana, diretor de promoção comercial na Embaixada do Brasil em Caracas.

A Venezuela importa carne, frango, açúcar, celulares, pneus, peças automotivas, óleo de soja, café e leite. O Brasil concentra suas compras em insumos petroquímicos, carvão e eletricidade, que chega pelas linhas de alta tensão da hidrelétrica do rio Caroní.

No entanto, nem tudo é tranquilo nas relações bilaterais. A crise econômica global levou a petroquímica Braskem a reformular seus planos e reduzir seu investimento à metade, de US$ 1 bilhão para US$ 500 milhões.

Por outro lado, a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, está tendo dificuldades para levantar os 40% que são sua parte na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A refinaria deverá processar 230 mil barris de petróleo, principalmente venezuelano, diariamente. A Petrobrás, que conseguiu levantar US$ 50 bilhões no mercado internacional para aplicar em seus projetos de expansão, assumiu a construção da refinaria em 2009.

PRESENÇA NACIONAL
Odebrecht
Empresa tem pelo menos 15 projetos importantes de infraestrutura na Venezuela, entre eles a construção de novas linhas de metrô em Caracas. O projeto emblemático - e mais visível - é a segunda ponte sobre o Rio Orinoco

Petrobras
Empresa assumiu em 2009 a construção de refinaria em conjunto com a Venezuela

Vale do Rio Doce
Empresa estatal venezuelana Corpozulia opera minas de carvão e firmou um acordo de exploração com a brasileira Vale do Rio Doce na Serra de Perijá

sábado, 11 de dezembro de 2010

Paraguai adia votação sobre entrada da Venezuela no Mercosul

(Estadão)
Assunto só voltará a ser debatido no Parlamento em 2011; Executivo pediu retirada da pauta
Ariel Palácios, correspondente em Buenos Aires

O debate sobre a entrada da Venezuela no Mercosul foi adiado pelo segundo ano consecutivo pelo Senado do Paraguai, em Assunção.

O tratamento da adesão do país caribenho como sócio pleno do bloco do Cone Sul estava prevista para hoje na agenda da câmara alta paraguaia. Mas, a pedido do Poder Executivo, o presidente do Senado, Óscar González Daher, retirou o assunto da agenda. Desta forma, o caso da Venezuela só será tratado em 2011, quando o presidente Fernando Lugo enviar novamente o assunto para a câmara alta.

Na quinta, em Assunção, o senador Daher, representante do partido Colorado, de oposição, havia incluído o assunto na agenda inesperadamente, à revelia do governo do presidente Fernando Lugo, que havia removido o caso do plenário na quinta-feira.

O governo - que não conseguiu reunir adesões da oposição para aprovar a entrada da Venezuela - havia optado ontem por remover o tratamento para evitar uma derrota no Senado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Foz do Iguaçu recebe pela primeira vez reunião de presidentes do Mercosul

(Mercado e Eventos)

A cidade de Foz do Iguaçu receberá no dia 17 de dezembro a 40ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados. Na coasião estarão presentes o presidente Luis Inácio Lula da Silva, a presidente eleita Dilma Roussef, o governador do Paraná, Orlando Pessuti e outros 12 chefes de Estado da América do Sul.

Também participarão do evento os diretores da Itaipu Binacional, Jorge Samek, representante brasileiro, e Gustavo Codas Friedmann, do lado Paraguaio, além do secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Nei Caldas, e do secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo e mais 34 chanceleres.

Esta será a primeira vez que o Paraná sedia uma reunião de cúpula do Mercosul. Segundo Gallo, coordenador estadual para o evento, a escolha pelo Paraná é um reconhecimento que o Mercosul dá ao Estado por ser o único da Federação que tem uma política pública orientada ao Mercosul, desde 2003.

Chávez anuncia patrocínio da PDVSA a Maldonado na Williams

(estadão.com.br/Reuters)

O piloto Pastor Maldonado vai levar o patrocínio da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para a Fórmula 1, categoria em que ele vai competir em 2011 após ser contratado pela equipe Williams.

Maldonado, campeão da categoria GP2, foi contratado no início de dezembro para ser o novo parceiro do brasileiro Rubens Barrichello à frente do Williams Cosworth FW33 na nova temporada, que começa em 13 de março.

O piloto venezuelano contou com o apoio financeiro da PDVSA durante a maior parte de sua carreira. Ele é amigo pessoal do presidente Hugo Chávez, e nos últimos dia visitou ao lado do mandatário os locais onde estão as pessoas atingidas pela pior chuva da última década no país.

"Através da Petróleos da Venezuela estamos apoiando Pastor Maldonado e sua equipe para que corra pelo mundo e mostre o seu valor", disse Chávez a vítimas das chuvas, tendo Maldonado ao lado.

O presidente contou que a relação com o piloto é antiga e começou com a necessidade de patrocínio de Maldonado.

"Pastor não podia entrar (no automobilismo internacional) e me chamaram, e vocês sabem que isso é dinheiro, muito dinheiro", explicou.

Chávez desafiou Maldonado a disputar uma corrida em janeiro, antes que comece a temporada da F1.

Maldonado será o quarto piloto de seu país a disputar a F1. Na década de 1960, os venezuelanos de origem italiana Ettore Chimeri e Piero Drogo tiveram passagens breves pela categoria.

O mais famoso piloto venezuelano é Johnny Cecotto, que se transferiu para a F1 em 1983, após vencer dois mundiais de motovelocidade. Ele disputou duas temporadas da F1.




Chávez agradece apoio internacional após chuvas na Venezuela

(AFP)

O presidente Hugo Chávez agradeceu na terça-feira à noite as "manifestações de solidariedade de líderes e povos irmãos" que ofereceram ajuda à Venezuela após as chuvas que afetaram mais de 100.000 pessoas.

Em um comunicado, Chávez agradeceu as ligações de solidariedade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega.

Segundo o texto, todos os chefes de Estado se comprometeram a enviar ajuda humanitária.

As fortes chuvas das últimas semanas na Venezuela deixaram 34 mortos e afetaram mais de 100.000 pessoas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Exportação de autopeças para Venezuela entra na pauta das discussões da Federação de Câmaras de Comércio Venezuela - Brasil

O presidente da Fecamvenez (Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela Brasil) José Francisco Marcondes participou de reunião do Grupo de Trabalho Brasil-Venezuela para a Promoção e Cooperação no Comércio de Peças realizada em São Paulo/SP.

O encontro analisou os problemas enfrentados na comercialização de peças automotivas entre Brasil e Venezuela, a atuação da Câmara do Comércio e da Embaixada Brasileira na Venezuela em busca da solução. Também foi elaborado um documento a ser encaminhado à Embaixada Brasileira na Venezuela e apresentado na próxima Reunião de Monitoramento do Comércio Bi Lateral.

Entre os dirigentes presentes estavam o presidente da CANATAME (Câmara Nacional de Talleres Mecânicos), José Manuel Gonzalez Esquivel e o presidente da ABRAESA (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços para Excelência da Reparação Automotiva), Ângelo Coelho, além de convidados.

Vice-presidente da Câmara Venezuelana de São Paulo participa de concurso de fotografia



Osvaldo Rovetto, vice-presidente da Camvenez/SP participou de concurso de fotografia promovido pelo Clube Transatlântico, cujo tema era Viagens.

A sequência de fotos feitas por Rovetto, com o título Montevidéu, ficou em quinto lugar. No total, eram 77participantes.

Exposição Ilhamérica, a Arte Venezuelana Hoje segue até 8 de dezembro


Com a proposta de quebrar barreiras entre os países, especialmente através da arte, a Primeira Mostra de Arte Venezuelana no Brasil fica em cartaz até o dia 8 de dezembro, na Galeria Dalmau Studio.

A abertura foi um sucesso. Os artistas Morella Jurado, Cesar Rojas e Carlos Ancheta tiveram suas obras admiradas por mais de 300 pessoas, em apenas duas horas de coquetel.

Com técnicas de pintura e fotografia, os venezuelanos exibem outro do lado pouco
conhecido do país, mas que é capaz de despertar interesse até nos mais críticos.

Morella, a principal artista e produtora da exposição, está participando concomitantemente de uma mostra no Museu Nacional da Jordânia. Uma de suas obras, Marea, acaba de se tornar selo postal na Venezuela.

O patrocínio é da Caixa Cultural, PDVSA e Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela Brasil

Serviço:
Ilhamérica: a arte venezuelana hoje
Onde: Galeria Dalmau Studio. Rua Groenlândia, 1943. Jd América. (11)
3063-5813
Quando: de 17 de Novembro a 8 de dezembro de 2010
Horário: das 10h às 20h
Entrada Franca

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Venezuela mostra dois lados de seu país: arte e culinária, no próximo dia 17


Com três renomados artistas daquele país e ganhadores de vários prêmios internacionais, Morella Jurado, Carlos Ancheta e César Rojas, a mostra Ilhamérica, a Arte Venezuelana hoje terá técnicas de pintura e fotografia.

“É a primeira vez que o Brasil recebe uma coletiva de arte venezuelana. Isto é importante, porque podemos mostrar outro lado de nosso país. Metaforizando, vivemos em um continente, cheio de ilhas, separadas pelo idioma, entre outros temas. Com a arte, podemos nos aproximar. É a linguagem universal”, disse Morella Jurado, principal artista e coordenadora da exposição.

Jurado ainda informou que será possível degustar a culinária venezuelana. “Serão servidas arepas, cachapas, tajitas. Queremos mostrar as maravilhas de nosso país”.

Os artistas já estão no Brasil. Ela participou da mostra Transfronteiras, na Galeria Marta Traba, no Memorial da América Latina, no mês de setembro.

Serviço:
Ilhamérica: a arte venezuelana hoje
Onde: Galeria Dalmau Studio. Rua Groenlândia, 1943. Jd América. (11)
3063-5813
Quando: de 17 de Novembro a 8 de dezembro de 2010
Horário: 20 horas

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Alunos do IBP em São Paulo visitam RPBC


Por Viviane Nunes, de Cubatão

Para pôr em prática as aulas aprendidas no curso de extensão, os alunos do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em São Paulo, estiveram na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, no início do mês de novembro. A visita técnica durou quase seis horas e foram percorridas as principais unidades de processo.

A presidente da Cãmara Venezuelana de Santa Catarina, Cleoni Esmério Trindade, uma das alunas do curso, participou da visita técnica. "Isto nos propiciou solidificar os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso, apliando o aprendizado sobre o assunto".

Museu Pelé e Parlamento indígena: o aval de Niemeyer



Por Viviane Nunes, do Rio de Janeiro

Na foto: Niemeyer, Vivas e Viviane Nunes

Quinta-feira, 4 de novembro de 2010. O dia de Oscar Niemeyer, o maior e mais consagrado arquiteto do Brasil, foi repleto de atividades e emoções. O que não seria nada surpreendente, caso ele não estivesse prestes a completar 103 anos.

Na cobertura de um edifício, de frente para o mar em Copacabana, em um escritório praticamente sem paredes – bem ao seu estilo arquitetônico, Niemeyer recebeu duas grandes personalidades: o Rei Pelé e o arquiteto venezuelano Fruto Vivas.
Vivas, grande amigo de Niemeyer há mais de 60 anos e com quem já trabalhou em grandes obras, como o Museu de Caracas, visitou o colega para lhe entregar o projeto do Parlamento Indígena Latino Americano, a ser erguido em Brasília. A construção é toda ecológica e autossustentável. “É um projeto que existe há muitos anos.”, comentou o venezuelano, desde a época da edificação de Brasília.

Ainda em meio a emoção do encontro, Fruto Vivas disse a Niemeyer que a Universidade Central de Caracas, a mais importante daquele país, vai instalar até o final deste ano a Cátedra Oscar Niemeyer, para que os alunos aprendam seu estilo arquitetônico.

Com uma lucidez impressionante, ao ser questionado sobre seus engenheiros calculistas e sua importância para a realização de suas obras, o arquiteto disse que todos foram e são fundamentais para a sua concretização. “Joaquim Cardoso foi um deles”, disse.

Sobre o futuro do Brasil, com a eleição da nova presidente Dilma Roussef, ele foi categórico: “Votamos e a apoiamos porque acreditamos que ela vai dar continuidade ao governo Lula”.

Pelé – foi apresentado no mesmo dia, o projeto do museu inspirado no jogador, a ser construído no centro histórico de Santos. A construção faz parte do processo de revitalização do centro da cidade portuária.
Em frente, será erguido o Monumento Pelé, em forma de uma esfera de sete metros de diâmetro, embaixo de uma placa de 20 metros de altura. Em seu topo, uma figura vazada da silhueta do Rei do Futebol comemorando um gol dando um soco no ar. Os gastos totais estão orçados em R$ 20 milhões, arrecadados da iniciativa privada. A primeira parte já está pronta. A conclusão final está prevista para 2012 – dois anos antes da Copa do Mundo.

De acordo com a Prefeitura, serão três blocos interligados abrigando os seguintes espaços: Bloco Central, com 550 m², é a entrada do museu, duas lojas, café e sanitários; e Bloco Um, de 1.405 m², tem área para exposições temporárias e auditório de 80 lugares, em forma de esfera de 12 m de diâmetro, onde serão apresentados documentários, filmes e os gols de Pelé. No pavimento superior, está o setor administrativo. O prédio principal foi doado pelo Governo do Estado de São Paulo e passará por reformas.

Com 1.232 m², o Bloco 2 está reservado para o acervo de Pelé, com seus objetos pessoais, fotos, filmes, troféus e material impresso dentro de um grande cubo de vidro. Dali, mezaninos liberam a continuidade das perspectivas, em conjunto com a vedação em vidro de todo o perímetro do edifício.

O museu contará com alta tecnologia, a exemplo internacional e do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e acessibilidade para pessoas com vários tipos de deficiência. Terá mais de três mil peças de acervo, incluindo uma réplica da taça mundial de 1970 a Jules Rimet, que foi roubada e derretida.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pdvsa dice que tiene $400 millones para refinería con Brasil

La planta "Abreu e Lima" en Pernambuco, tiene un costo previsto de $12 millardos.

EL UNIVERSAL

Foto: Agência Petrobras

Caracas.- Pdvsa aseguró hoy que tiene listos 400 millones de dólares para invertir en la construcción de la refinería "Abreu e Lima" en Pernambuco, en Brasil, informó Reuters

Esta planta es un proyecto junto con Petrobas, en el cual la estatal venezolana debe aportar 40% del capital. Se prevé que la refinería tenga un costo de 12 mil millones de dólares.

Pdvsa ha señalado que sí honrará su compromiso en el proyecto, pese a algunas versiones surgidas desde Brasil que indicaban que la petrolera venezolana no participaría ante su falta de aporte de recursos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleições 2010: uma cidadã escrevendo suas emoções

Por Viviane Nunes

Dilma ganhou. E como disse o Estadão, em sua capa do dia 1º de novembro, a vitória é de Lula. Não sou especialista em política. Nem pretendo sê-lo. Mas sou cidadã. Estou com uma mistura de alegria e tristeza. Triste, porque Lula não será mais Meu presidente. E muito, mas muito feliz porque Meu país será governado por uma mulher.
E, pelo pouco que vi, uma mulher altiva.

Nos últimos oito anos, tive orgulho de ser brasileira. Vi Meu país se colocar ao lado das grandes ditas potências mundiais. Uma foto emblemática no Estadão: Bush, sentado ao lado de Mantega, sussurrava em seu ouvido. Não lembro a data, menos ainda qual a reunião. Mas o retrato ficou em minha mente. Quando isto iria acontecer?

Vi uma campanha pautada por críticas e acusações. Vamos nos lembrar de que não há santos. Vi poucas propostas de trabalho. Vi a imprensa fazer um papel muito estranho. Parecido com o que aconteceu na Venezuela. Vi capas de revistas colocando o presidente Lula em forma de porco. Vi televisões fazendo montagens de agressão. O próprio fascismo. E agora?

Segunda, pela manhã, ouvindo a Globo News, levei outro susto. Um positivo e outro negativo. O positivo: Alckmin, governador eleito de São Paulo em primeiro turno e com uma vitória mais-do-que-merecida e Aécio, senador de Minas, em entrevista, disseram: “estamos abertos ao diálogo”. Atitude inteligente, típica de líderes que trabalham em prol de seu povo. O negativo: um deputado, não me recordo qual, pois estava sem óculos e apenas escutando, disse: “serei oposição desde o primeiro dia”.

Ora. Então é ser oposição apenas pelo fato de não gostar do vermelho? Ou melhor: por estar com seus brios feridos? Não seria prudente fazer oposição àquilo que não será bom para o povo????

Domingo, voltando do Guarujá, onde meu marido vota, estava escutando a Rádio CBN. E ouvi uma pérola. Lucia Hippolito, uma jornalista que respeito muito, ao ouvir o comentário do apresentador, informando que Chávez já declarava Dilma como vencedora pelo Twitter, afirmou categoricamente: “Não acredito. Chávez tem Twitter? Eu o considero tão obsoleto.” Nonato, o outro jornalista, parecia tentar amenizar o espanto da colega: “Ele já tem há muito tempo”. Ele não só usa Twitter, como montou uma agência de comunicação, a Agência Venezuelana de Notícias, com informações diárias das ações governamentais. É igualzinho a EBC. Chávez tem aquele jeito popular de se expressar. Porém eu posso assegurar: é um dos homens mais cultos e inteligentes que já conheci em minha vida.

E, na minha cabeça, ficou claro que o importante para muitos é ridicularizar. É sempre falar mal, sem efetivamente conhecer a realidade do país. Todas as nações do mundo têm problemas. Não há uma região que seja100% perfeita. Aliás, existe: Shangri-lá.

Existem ações muito boas na Venezuela. Só para citar um exemplo: a Unesco, desde 2003, já considera a nação livre de analfabetismo. Quem acha que a Venezuela era melhor antes, está enganado.

Poderia escrever páginas e páginas sobre as relações entre os países. Mas o tempo não me permite. De qualquer maneira – e já finalizando – apesar de não ser economista, acredito que seguir a política econômica do atual governo me parece sinal de inteligência. Somos o grande líder da América Latina. E isto não pode morrer.

Mas para tentar minimizar a falta de informações latino-americanas, ou melhor, o conhecimento, na maior parte das vezes, apenas de agência, será preciso um trabalho muito duro. E será preciso estar com mente e coração abertos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Venezuela, Siria, Irán y Malasia instalarán refinería con capacidad de 140 mil barriles de petróleo

Assessoria PDVSA

Los gobiernos de Venezuela, Siria, Irán y Malasia han venido trabajando en el acuerdo para la construcción de una refinería con una capacidad de 140 mil barriles de petróleo, según informó el ministro del Poder Popular para la Energía y Petróleo, Rafael Ramírez, a su llegada a la ciudad de Damasco.

“Acá en Siria hemos venido concretando un acuerdo para la construcción de un convenio en conjunto, es una refinería de una capacidad de 140 mil barriles, estaríamos participando Siria por supuesto, Venezuela, Irán y Malasia”.

El ministro Ramírez resaltó la importancia del proyecto debido al rol de observador que Siria juega en la Organización de Países Exportadores de Petróelo y cuya producción es de 450 mil barriles de petróleo diarios, pero que no es suficiente para abastecer su mercado interno

Comentó que la idea es revisar el acuerdo de esta refinería, “que nos permita salir avanzando en la mejor decisión de hacer el cronograma de la construcción”.

Con los 140 mil barriles de petróleo de la refinería se estaría abasteciendo principalmente el mercado interno sirio y eventualmente se podrá exportar al área”.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Camex aprova estudo para financiamento à exportação de máquinas para África e América Latina

A Camex (Câmara de Comércio Exterior), aprovou nesta terça-feira(19), a proposta apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário de instituir uma linha de financiamento voltada para a exportação de máquinas e implementos agrícolas fabricados no Brasil para países da África e América Latina, adequado para a produção da agricultura familiar. Foi criada uma comissão formada pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Planejamento, Fazenda e Banco Central que devem apresentar uma proposta de cooperação em 15 dias.

A proposta seguirá o modelo existente no Programa Mais Alimentos, criado pelo MDA em 2008, com o objetivo de incentivar a modernização e a qualificação das propriedades familiares brasileiras. A cooperação vai contemplar três áreas de trabalho: financiamento, assistência técnica e setor privado produtor de bens a serem exportados.

O ministro Guilherme Cassel ressaltou a importância para o mercado da indústria metal-mecânica brasileira: " Este segmento industrial teve uma forte expansão ao voltar sua produção de máquinas, tratores e implementos para as necessidades da agricultura familiar brasileira. Com a possibilidade de financiamento para a exportação, abre-se um novo nicho de mercado para a indústria brasileira, além de contribuir para modernizar, intensificar a produção de alimentos e o desenvolvimento rural dos países africanos e latino americanos".

A linha especial de financiamento foi um dos compromissos que o governo brasileiro assumiu durante encontro, em maio deste ano, " Diálogo Brasil - Africa sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural" . Na ocasião, o presidente Lula propôs que o Brasil criasse uma linha especial de financiamento para exportação de máquinas e tratores com o objetivo de modernizar e qualificar a agricultura familiar dos países africanos. O objetivo da cooperação é aumentar a produção de alimentos naquele continente. A proposta também vai estender o financiamento aos países da America Latina e Mercosul.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Silvio Santos perdeu seu posto de maior comunicador do Brasil: agora é a vez de Lula.

Imagem: Steferson Farias/Agência Petrobras de Notícias

Por Viviane Nunes

Segunda-feira passei praticamente o dia todo acompanhando atividades do presidente Lula e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli.

Pela manhã, fui à Revap – Refinaria Henrique Lage em São José dos Campos, para a inauguração das unidades de coqueamento e hidrotratamento, parte dos investimentos da Petrobras em suas refinarias para adaptá-las ao refino de óleo pesado.

O que mais me impressionou não foi o crescimento da produção (que, aliás, subiu de 181 mil barris de petróleo por dia em 1980 para dois milhões de barris de petróleo por dia em 2010) ou o valor dos investimentos nos últimos oito anos e nos anos vindouros: cerca de U$ 8 bilhões para modernização e mais U$ 20 bi para construção de novas refinarias.

Aqui me permito um parêntese técnico de três parágrafos, além deste, antes de continuar a narrativa.

Desde 2006, o investimento para a modernização da Revap foi de U$ 3,5 bi. A unidade de hidrotratamento (HDT) é para produzir seis mil m³ de derivados de alta qualidade como, por exemplo, diesel a 10 PPM, cuja obrigatoriedade de uso no Brasil é só a partir de 2013, para atender às resoluções do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). A unidade de coque, por sua vez, vai propiciar o maior uso de óleo pesado brasileiro, convertendo o óleo combustível em GLP, nafta, gasolina, diesel e coque verde de petróleo, usado nas indústrias siderúrgicas, por exemplo.

Até 2011 serão inauguradas mais unidades de coque e HDT, pois a proposta da Petrobras é deixar suas refinarias flexíveis, atendendo ao refino deste hidrocarboneto com diversos graus API (escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards e utilizada para medir a densidade relativa).

A Revap responde por 14% da produção de derivados no Brasil, processando 252 mil bpd. Os principais produtos são: querosese de aviação, gasolina, gás de cozinha, óleo diesel, nafta petroquímica, óleo combustível, asfalto e propeno.

Continuando a narrativa, o que mais me impressionou foi a facilidade com que o presidente do Brasil se comunicou com a plateia presente. Como ele simplificou algo completamente complexo, como é a indústria petrolífera e toda a questão comercial, ambiental e politica que a envolve. E, principalmente, se fez ser entendido.

Disse algo mais ou menos assim: o querosene que produzimos hoje é de péssima qualidade, com altíssimo teor de enxofre – grande poluidor e devastador do clima, causando, por exemplo, a chuva ácida. E enfatizou: 1.500 PPM. E o que será produzido pela Revap, a partir de agora, será com 10 PPM.

Só com este dado, a plateia já vibrou. Afinal, cair de 1.500 para 10 é uma queda bastante brusca para qualquer coisa: são 150 vezes menos... Mas o melhor estava por vir e foi aí que o público quase derrubou a tenda onde acontecia a cerimônia: Lula pegou dois vidrinhos e os levantou. Um com diesel mais escuro e outro com diesel transparentíssimo, tão transparente que parecia água, e disse mais ou menos assim: “vocês estão vendo este escuro aqui, a cor é quase igual a um óleo de fritar bife. E vai ficar assim, branquinho! Mas é apenas para os carros beberem!”.

Não aguentei. Caí na risada. Assim como todos. E ele foi extremamente ovacionado.
Lula continuou o seu discurso. Falou sobre a modernização de refinarias, para evitar a importação de petróleo ou derivados e assim conseguir uma reversão de valores: ao invés de importar, passar a exportar e gerar mais receitas para o país.

Falou da Europa. Que este novo diesel poderá entrar no continente europeu, cujas regras ambientais são bem mais severas do que a de outros países. Conquista de um novo mercado consumidor.

Foi além: “Sabem o que isto significa? O padrão de qualidade da Petrobras vai aumentar. E muito. A empresa já é respeitada no mundo inteiro, é a segunda petroleira do mundo”. Lula arrancou mais aplausos quando disse que foram investidos cerca de U$ 23 bilhões para recuperar a capacidade da indústria e, nesta hora, citou o pré sal e as pesquisas para sua exploração.

Conseguiu ainda mais risos. E risos sinceros. Desta vez, porque vai até Tupi (que terá a capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia), no final deste mês, para acompanhar a primeira extração comercial do óleo do pré sal. Disse que ia “arrancar” o petróleo a sete mil metros de profundidade, mas que tinha medo de helicóptero. Daí, aproveitou para falar de família, netos, time de futebol. Se fez amigo, irmão de cada um dos presentes. E pediu para ninguém falar o nome de sua candidata. Pois ele não estava em campanha, naquele momento....

E falou do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Da atual empregabilidade da indústria naval: 50 mil pessoas em todo o Brasil, contrução de novos estaleiros, recuperação da engenharia brasileira, capacidade de produção da indústria nacional, inauguração da P57, Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello)...

E falou das 14 novas universidades, dos 126 cursos de extensão, das 114 escolas técnicas...

E falou: nunca antes na história deste país... E todas as vezes, o fez como melhor amigo do ouvinte.

Eu parei para pensar.

Senti orgulho de tudo o que ele disse e não tenho vergonha de afirmar. Fiquei feliz ao ver a Petrobras, que era uma empresa odiada, por ser considerada poluidora, há mais de 15 anos, ser uma das mais admiradas do Brasil e das mais importantes do mundo.

À noite, ainda acompanhando Lula e Gabrielli, a confirmação sobre a Petrobras. Na festa promivida pela Revista Carta Capitail, que entregou a premiação “As mais admiradas do Brasil”, a estatal petroleira estava lá. Assim como outras empresas, como Coca-Cola, Apple, Itaú, Odebrecht Cotia Trading (estas duas associadas à Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil), Hering, Vale, Natura, Ambev, Fast Shop, Renner, entre tantas outras, com a presença de Lula, Gabrielli, Mantega, Miguel Jorge, Orlando Silva, Abilio Diniz, Nizan Guanaes, Setubal, Guilherme Leal (dono da Natura e vice da Marina), Ivan Zurita e toda a nata empresarial brasileira.

Estamos há menos de 15 dias da eleição presidencial. Só o que peço, é para o próximo governante não tirar o orgulho, que muitos de nós sentimos pela primeira vez, de sermos brasilieros.

Ipea lança segunda edição de indicador internacional

Análise parte de um conjunto de entidades, como câmaras de comércio, embaixadas e empresas multinacionais

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança na próxima quinta-feira, 21, às 14 horas, a segunda edição do Monitor da Percepção Internacional do Brasil. O indicador, calculado trimestralmente, mostra a avaliação de agentes internacionais sobre o País.

Entre as instituições ouvidas estão embaixadas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas multinacionais. O indicador, disponível em Português, Inglês, Francês e Espanhol, avalia três temáticas: aspectos econômicos, sociais e político-institucionais. Na primeira edição, o indicador mostrou resultados moderadamente favoráveis, com todos os indicadores positivos.

A segunda edição do indicador será lançada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, na sede do Instituto em Brasília, no Setor Bancário Sul, quadra 1, bloco J, Edifício BNDES/Ipea, subsolo. O lançamento terá entrevista coletiva, transmitida on-line para todo o Brasil.

Exportações de calçados sobem 16,4% até setembro. Venezuela está entre os compradores

Abicalçados

Até o mês de setembro as exportações de calçados registraram alta de 16,4% em volume e 11,5% em faturamento. Nos nove meses deste ano, o Brasil embarcou 109,2 milhões de pares, gerando um faturamento de US$ 1,1 bilhão, enquanto no mesmo período do ano passado foram exportados 93,8 milhões de pares com receita de US$ 1 bilhão. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior.

A Venezuela está entre os 20 maiores compradores. No ranking, ocupa a 16ª posição. O volume de vendas, para o país vizinho foi de mais de U$ 14,2 milhões. Em pares, quase dois milhões de calçados, sendo o valor médio do par U$ 7,79.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Presidente da Petrobras fala sobre Refinaria Abreu e Lima, durante coletiva na Revap

Foto: Steferson Farias/Agência Petrobras

Por Viviane Nunes, de São José dos Campos

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva realizada na Revap, após inauguração das unidades de coqueamento e hidrotratamento de petróleo, foi sabatinado por jornalistas da imprensa nacional e internacional.

Em resposta à Revista Venbras, afirmou que o fim do namoro PDVSA e Petrobras, divulgado na ultima semana, era apenas um zum zum zum. "O acordo firmado entre as companhias é de que a estatal venezuelana assume 40% dos custos e a Petrobras 60%. E é necessário que ela assuma estes 40%. No momento, é tudo o que eu posso falar", disse.

Reunião entre Abimaq e Embaixada da Venezuela tranquiliza empresários

Fonte: Agrolink

Encontro serviu para mostrar à indústria de maquinas agrícolas as novas oportunidades criadas com a política de segurança alimentar venezuelana

Uma reunião entre representantes da indústria de maquinário agrícola e do governo venezuelano, ocorrida nesta sexta-feira (15), marcou a abertura de um importante diálogo que serviu para mostrar as novas oportunidades no comércio bilateral entre os dois países e também para esclarecer o empresariado brasileiro em relação à estatização da empresa venezuelana Agroisleña, rebatizada de Agropátria. O encontro, que aconteceu na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo, contou com a participação do embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil, Maximilien Arvelaiz, de Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq, Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e de industriais e executivos de várias empresas do setor.

O embaixador Maximilien Arvelaiz dispersou o temor do empresariado brasileiro com a estatização da Agroisleña, uma das principais fornecedoras de sementes e fertilizantes da Venezuela e importante compradora de maquinário e equipamentos agrícolas brasileiros. “Nossa decisão permitirá a melhoria das relações entre Brasil e Venezuela em diferentes níveis e o governo (venezuelano) tem sido o principal propulsor desse estreitamento de relação. Não há nenhum motivo para interromper essa relação ou suspender as compras do Brasil”, garantiu Arvelaiz. Lembrando ao empresariado que a medida faz parte de um projeto de governo, o embaixador ressaltou o leque de oportunidades que surgirão com a Agropátria, a empresa que nasce da estatização da multinacional. “A Venezuela está apostando em um processo de desenvolvimento de nossa indústria e é claro que a agricultura é um dos principais pilares. O Brasil é essencial para o fortalecimento da Venezuela como um mercado integral, é nosso principal parceiro. A ideia é incrementar cada vez mais o comércio”, adiantou.

Eudelcio de Oliveira Dias, gerente de exportação da Nogueira S/A, empresa brasileira que produz e exporta maquinário e equipamentos para a Venezuela, deixou a reunião confiante na possibilidade de novas oportunidades. “Trabalhamos há muitos anos com a Venezuela e temos que ressaltar que foi a partir do governo do presidente Hugo Chávez que percebemos a transformação promovida na agricultura da Venezuela. Antigamente, caminhávamos pelo interior do país e víamos tratores antigos, maquinários bastante ultrapassados. Com a política de segurança alimentar do presidente Chávez, as empresas brasileiras passaram a ter maior participação no mercado venezuelano”, destacou o gerente.

Reginaldo Arcuri, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lembrou a importância estratégica da integração entre o Brasil e a Venezuela. “Queremos promover cada vez mais a integração positiva com a América do Sul justamente para que a gente possa ter com nossos vizinhos muito mais do que a compra e venda de materiais, para que possamos produzir juntos. O Brasil sempre esteve muito voltado para si mesmo e a Venezuela para o Caribe e os Estados Unidos. Então, a ideia tem sido de aprofundar esse relacionamento com esse parceiro, com quem temos 2.200 km de fronteira seca numa região importante do Brasil”, ressaltou.

Canal aberto
O empresariado presente à reunião deixou o encontro satisfeito com a abertura do diálogo e as garantias do embaixador venezuelano. Arvelaiz pediu ao grupo que reunisse suas principais pendências e as questões de extrema urgência em um documento que será encaminhado ao ministro de Agricultura e Terra da Venezuela, Juan Carlos Loyo.

Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, reuniões como a desta sexta-feira são o caminho para reabrir os canais de comunicação entre representantes do setor de maquinário e o governo venezuelano e para aprimorar o comércio entre os dois países. “Temos duas missões. A primeira é resolver as questões mais urgentes. A segunda é criar uma agenda para reunir a nova diretoria da Agropatria e o empresariado brasileiro”, enumerou. Neto ponderou ainda que está na hora de cessar as conversas pela imprensa e começar a tratar dessas importantes questões pessoalmente.

Desinformação na mídia brasileira
O empresário Carlos Santana, representante do setor, destacou que a imprensa chegou a noticiar erroneamente que a Venezuela teria suspendido as importações. “Isso é mentira, como disse o embaixador. Mas ainda temos dúvidas quanto ao que será feito em relação aos pedidos em produção ainda sem carta de crédito abertas e em relação às cartas de crédito abertas irrevogáveis”, assinalou Santana. Essas e outras questões levantadas durante a reunião devem ser debatidas em um novo encontro, já com a nova diretoria da estatal venezuelana, que deve ocorrer em, no máximo, dois meses, segundo adiantou o embaixador da Venezuela no Brasil.

As informações são da assessoria de imprensa da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crise entre Bogotá e Caracas ofusca acordos entre Brasil e Venezuela

Terra.com

A crise entre Colômbia e Venezuela deixou em segundo plano hoje a assinatura de 27 acordos de cooperação entre os Governos brasileiro e venezuelano durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Caracas.
Lula e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, cumpriram pela décima vez o compromisso de se reunir trimestralmente para rever as relações bilaterais. Nesta ocasião, o interesse pelo encontro recaiu no possível papel mediador de Lula na crise entre Bogotá e Caracas.

No final da reunião, Chávez disse que Lula "leva uma missão" para Bogotá, para onde vai ainda hoje para comparecer à posse de Juan Manuel Santos, neste sábado, na Presidência da Colômbia.

"Lula leva uma missão da qual falamos bastante com o secretário da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Néstor Kirchner, mas disso não falaremos hoje. Falaremos amanhã e depois de amanhã.

Estamos muito otimistas", afirmou Chávez.

Embora o governante venezuelano não tenha sido explícito quanto ao conteúdo da "missão", a expectativa é de que Lula e Kirchner atuem como mediadores entre Caracas e Bogotá diante do novo Governo colombiano.

Kirchner e Lula comparecerão amanhã à posse de Juan Manuel Santos como presidente da Colômbia. A Venezuela será representada na cerimônia por seu ministro das Relações Exteriores, Nicolás Maduro.

Kirchner participou hoje com Lula e Chávez de uma reunião da Mesa Presidencial Estratégica e Secretaria-Geral da Cúpula de Países da América do Sul e África (ASA).

Segundo o secretário-geral da Unasul, a crise entre Colômbia e Venezuela também foi abordada no encontro porque sua função no cargo é "é contribuir para o reencontro de duas nações irmãs".

Kirchner ressaltou, no entanto, que é preciso tomar "o tempo necessário para que estas coisas comecem a desaparecer da vida latino-americana e possamos retomar a convivência de dois grandes povos como Colômbia e Venezuela".

Na reunião da ASA, Chávez já tinha pedido a Lula, sem relação com a "missão" posterior, para que cumprimente Juan Manuel Santos em seu nome.

"Te peço que leve uma saudação ao novo presidente da Colômbia", disse Chávez a Lula.

Apesar da aparente aproximação ao futuro Governo do país vizinho, Chávez disse que "entre nós há aqueles que atrapalham", em alusão ao presidente colombiano, Álvaro Uribe, que deixa o cargo amanhã.

A Venezuela rompeu relações com o Governo Uribe em 22 de julho depois das denúncias de Bogotá na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a suposta presença de guerrilheiros colombianos em território venezuelano.

Ao comentar as relações entre Brasil e Venezuela, Lula disse que nos oito anos que ocupou a Presidência foi feito mais "que nos cinco séculos anteriores".

Os 27 acordos assinados hoje abrangem áreas como a agrícola, finanças públicas, projetos sociais, relações fronteiriças e tecnologia.

Os dois presidentes destacaram a iniciativa para estabelecer um polo de desenvolvimento que vincule o sul da Venezuela com o estado de Roraima, levando em conta que são áreas contíguas.

Também houve acordos para criar empresas de processamento de alimentos e foi dado o primeiro passo para instalar um sistema de acesso ao crédito similar ao Bolsa Família.

Ao falar do potencial das relações com a Venezuela e com a América do Sul de forma geral, Lula disse que a gestão dos políticos seria mais bem-sucedida se fossem capazes de ver o óbvio.

Segundo o presidente brasileiro, durante décadas, a América do Sul voltou seus olhos para o norte e que só recentemente percebeu que o óbvio é que seu futuro está em sua própria realidade.

Nessa linha, Lula disse que os acordos assinados com a Venezuela são "mais um pedacinho" desse vínculo que une todas as nações sul-americanas.

Chávez lembrou que esta será, possivelmente, a última visita de Lula a Caracas como presidente e se despediu do presidente brasileiro com um abraço.

"É possível que seja tua última visita como presidente à Venezuela. Quanto te devemos, Lula! Obrigado de coração", disse Chávez.

Venezuela atrasa pagamentos e afugenta empresas brasileiras

O Estado de São Paulo, Patrícia Campos Melo, de Caracas

Braskem adia investimentos de US$ 3,5 bilhões em dois projetos em território venezuelano; empreiteiras enfrentam problemas com uma lei que permite ao governo confiscar máquinas ou tomar obras públicas que estejam paralisadas ou atrasadas

A vida das empresas brasileiras na Venezuela não está fácil e pode piorar. A Braskem, que havia fechado duas joint ventures com a estatal venezuelana Pequiven, para dois projetos no valor de US$ 3,5 bilhões, mudou seus planos. Das 30 pessoas que a empresa mantinha em Caracas para tocar o projeto, só sobrarão 5. A maioria dos executivos está voltando para o Brasil ou indo para outras filiais da Braskem.


"O governo venezuelano não cumpriu sua parte nos investimentos", disse ao Estado uma fonte próxima ao projeto. A Braskem e a estatal venezuelana haviam assinado um memorando, em 2007, para criar duas companhias. O projeto da Propilsur foi adiado por um ano, enquanto o da Polimérica, de capital misto, teve o investimento reduzido pela metade.

Empreiteiras brasileiras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Correa, que têm bilhões em negócios na Venezuela, também estão prestes a sofrer um duro golpe do governo chavista com a Reforma da Lei de Contratações. A Assembleia Nacional venezuelana aprovou, na quarta-feira, uma lei que permite ao governo confiscar máquinas ou se apoderar de obras públicas que estejam paralisadas ou atrasadas.

Muitas empreiteiras brasileiras estão tocando seus projetos aos poucos ou deixando-os paralisados. A nova lei ainda precisa ser aprovada em segunda turno, mas, como há maioria chavista, deve passar. "Se for aprovada, a lei pode ser um enorme problema para as construtoras brasileiras", disse Fernando Portela, diretor executivo da Cavenbra, Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Venezuela.

A fuga de investimentos e de executivos do país já é aparente nas escolas onde estudam os filhos dos expatriados. Na Escola americana Campo Alegre, na escola britânica e na Hebraica de Caracas, dezenas de alunos estão indo embora. A escola britânica passou a exigir pagamento anual, em vez de semestral, por causa do êxodo de alunos.

Empresas brasileiras que importam seus insumos sofrem com o controle cambial. Em maio, o governo fechou as casas de câmbio e proibiu as empresas de recorrer ao chamado câmbio permuta. Como pelo câmbio oficial têm prioridade produtos essenciais, importadores de produtos, como cosméticos, perfumes e têxteis, correm risco de desabastecimento. Empresas como Boticário, Alpargatas e Hering estariam sendo afetadas, diz ele. No ano passado, a Natura, maior fabricante de cosméticos do Brasil, deixou a Venezuela alegando risco cambial e "desequilíbrio" de instituições.

Crescimento. Segundo José Francisco Marcondes, presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil, a situação no país é delicada. "A Venezuela está em recessão, há questões pré-eleitorais, mas o comércio bilateral cresceu este ano", ressalva.

As exportações do Brasil para o país crescem graças, principalmente, ao comércio de alimentos, que não é tão afetado pelo câmbio. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações aumentaram 7% em relação ao mesmo período de 2009. Já as importações brasileiras da Venezuela, aumentaram 135,4% no primeiro semestre. Passaram de US$ 197 milhões para US$ 465 milhões.

Invasão brasileira. O intercâmbio comercial durante o primeiro semestre deste ano totalizou US$ 2,243 bilhões, aumento de 20,7%. A venda de carne bovina desossada e congelada do Brasil cresceu 672%; de bovinos vivos, 84% e de ovos de galinha para incubação, 144%.

Nos "mercales", os supermercados conveniados ao governo, muitos dos alimentos são brasileiros. "Não tem mais frango da Venezuela. Só do Brasil, que vem congelado e não tem gosto de nada", diz Xiomara Pinto, que mora em um barraco em Antímano, bairro de Caracas.

Perto de eleições e com economia em recessão, Chávez deve se beneficiar da visita de Lula

O Globo, Eliane Oliveira, de Caracas

CARACAS - Com a economia de seu país em recessão e a pouco mais de um mês das eleições para o Parlamento venezuelano, o presidente Hugo Chávez será fortemente beneficiado - sob o ponto de vista da política interna - com a visita de seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Até a tarde desta quinta-feira, as discussões giravam em torno da retomada dos projetos de construção das chamadas fábricas socialistas, em que Chávez usaria o peso do Estado e os recursos obtidos com a exportação de petróleo para que empresas brasileiras participem da implementação de indústrias, da transferência de tecnologia e de grandes obras de infraestrutura.


Na parte social, o Brasil vai transferir para a Venezuela a experiência do programa Minha Casa, Minha Vida, que inclui não apenas a construção de moradias populares, mas também a urbanização de favelas.

As altas cotações do petróleo vêm garantindo, na última década, a popularidade de Chávez. No entanto, ele próprio reconhece que o país necessita de indústrias para criar empregos e reduzir a dependência de importações de alimentos e produtos industrializados.

Se dependesse de Chávez, seriam instaladas pelo menos 200 fábricas socialistas. O Brasil, porém, poderia colaborar com pelo menos dez, em setores como siderurgia, embalagens, tubos de PVC, válvulas, papel e celulose e alumínio.

- Consideramos de fundamental importância a retomada das conversas em torno da industrialização, especialmente para as pequenas e médias empresas - disse o presidente da Federação das Câmaras de Comércio Brasil-Venezuela, José Francisco Marcondes.

Dados do Ministério do Desenvolvimento mostram que, nos primeiros seis meses do ano, as exportações para a Venezuela aumentaram 7% em relação ao mesmo período de 2009, totalizando US$ 1,778 bilhão. Já as importações de produtos venezuelanos saltaram de US$ 197 milhões para US$ 465 milhões.

Crise, "Minha Casa, Minha Vida" e dívidas estão na agenda de Lula em Caracas

Folha.com, Flávia Marreiro, de Caracas


A crise com a vizinha Colômbia, o impulso da versão venezuelana do "Minha Casa, Minha Vida" e a reclamação de empresários brasileiros por falta de pagamento da Venezuela estão na agenda do que pode ser a última visita a Caracas de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.


A chegada de Lula está prevista para essa manhã, e no começo da tarde ele tem reunião fechada com o colega Hugo Chávez. É a 10º reunião trimestral dos dois desde 2007, quando foi criado o mecanismo.

Desde meados de 2008 a agenda dos presidentes inclui um tema: o apelo dos empresários brasileiros para que se acelerem os pagamentos das dívidas do governo, e também de compradores privados do país.

Nesta semana, os dois países lançaram a Comissão de Monitoramento do Comércio Brasil-Venezuela para "remover entraves burocráticos e técnicos" no setor.

O nó, porém, continua sendo o férreo controle de câmbio venezuelano.

"Posso dizer que a situação é melhor do que a havia no primeiro trimestre de 2009. Mas com isso não quero dizer que deixar de pagar ao menos uma empresa está bem", disse em Caracas José Francisco Marcondes, da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil.

Com US$ 1,7 bilhão em produtos exportados à Venezuela no primeiro semestre, o Brasil é um dos principais fornecedores de alimentos do país, e o primeiro em compras exclusivamente estatais.

A Venezuela atravessa o segundo ano consecutivo de recessão e o governo, com menos dinheiro em caixa, apertou ainda mais o controle de câmbio como tentativa de segurar a inflação, a maior do continente, e a fuga de capitais.

As divisas nas taxas oficias -- 2,6 bolívares fortes por dólar para comida e e 4,3 bolívares fortes por dólar nos demais item -- saem a conta gotas do Cadivi ( Comissão de Administração de Divisas), cuja fila tem alto componente político, daí a importância da conversa direta entre os presidentes.

"Os empresários brasileiros também foram afetados pelo fechamento do mercado paralelo de dólar. Até entendo os motivos porque se faz controle de câmbio, mas isso sempre cria dificuldades", continua Marcondes.

Em maio, Chávez ordenou o fechamento do único sistema de câmbio flutuante que funcionava no país, de onde partiam as divisas que financiavam entre 40% e 60% das importações.

Foi quando o bolívar forte -- chamado assim após a desvalorização da moeda em janeiro -- chegou a seu nível mais baixo: 8 bfs por cada dólar.

Em substituição, o governo criou um sistema de bandas para a divisa, mas que na prática funciona como um terceiro câmbio (5,3 bfs/dólar),mais restrito e que impulsou o crescimento do mercado negro.

Há rumores de que o governo estuda abrir mais uma vez o mercado paralelo, enquanto a consultoria Ecoanalítica, uma das mais respeitadas do país, e agências de risco estrangeiras não descartam que Chávez tenha de recorrer mais uma vez à desvalorização -- um ciclo bem conhecido pela Venezuela desde os anos 80. Isso só ocorreria, porém, após as cruciais eleições legislativas, estimam os analistas.

CAIXA E KIRCHNER

Lula e Chávez devem assinar cerca de 20 acordos, e uma das estrelas do grupo, já anunciado pelo venezuelano em aparições na TV, é o aprofundamento da parceria com a Caixa Econômica Federal com os novos bancos estatais para bancarização popular.

O primeiro posto de banco popular vai ser inaugurado em Vega, região pobre no centro da capital, sob gestão chavista.

É também com a Caixa que Caracas pretende ter a expertise para o "Minha Casa, Minha Vida" venezuelano _a habitação é uma das áreas de pior performance de Chávez.

Por fim, Lula anunciou que pretende por na mesa a crise do país anfitrião com a Colômbia. O encontro acontece menos de uma semana depois de Caracas e Bogotá não terem chegado a um acordo sobre o plano de contenção do conflito proposto pelo Brasil na Unasul (União das Nações Sul Americanas).

Bogotá acusou a Caracas de fazer naufragar o encontro.

Ontem, chegou a Caracas o secretário-geral da instância, Néstor Kichner, que tenta se apresentar como mediador da questão. Em suas primeiras palavras, fez um emotivo discurso de "permanente agradecimento" a Chávez.

Por fim, o presidente brasileiro termina o dia com o outro protagonista da crise: vai ao jantar de despedida do colega Álvaro Uribe em Bogotá. Amanhã Juan Manuel Santos assume a Presidência do país.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Diretor do MME fala sobre Plano Nacional de Eficiência Energética

O governo está consciente do termo eficiência energética.

Pelo menos é o que afirmou Hamilton Moss, diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia.

Em sua apresentação sobre os pilares e as diretrizes do setor energético nacional, no 7º Cobbe, ele mostrou que o Pnef – Plano Nacional de Eficiência Energética está pautado nos itens: segurança e abastecimento, tarifa, universalização do atendimento, mínimo dano ambiental e respeito aos contratos existentes, fortalecimento do planejamento, diversificação da matriz (estimulando o uso de energias renováveis), desenvolvimento do parque tecnológico nacional e a busca da integração energética sul americana.

Ele também falou que nesta semana haverá uma reunião, com a alta cúpula do governo brasileiro, para a discussão do tema carro elétrico.

Diminuição do uso de energia

Djamil de Holanda Barbosa, assessor da diretoria da Eletrobras, fez um excelente e simpático discurso, durante a abertura do 7º Cobbe, pautado na história da eficiência energética.

De acordo com ele, o conceito eficiência energética surgiu por causa do milagre econômico, na década de 60. Naquela época, foram construídas hidrelétricas para atender ao crescimento. Vinte anos depois, iniciou-se a exploração de petróleo. E, em 1985, foi criado o Procel. No final de 90, quinze associados criaram a Abesco.

Para o assessor, o Ministério de Minas e Energia, através da Empresa de Pesquisa Energética, ao definir a diminuição do uso de energia, instalou metas ambiciosas até 2030. “Mas o país entrou em uma fase de crescimento. Será necessário dobrar a capacidade instalada. Tudo para na eficiência energética”.

Ele foi contundente ao afirmar que é necessário o trabalho em conjunto de governo e entidades empresariais, para se chegar aos resultados desejados.

Eficiência energética, no 7° Cobbe

O presidente da Abesco, José Starosta, em seu discurso de abertura do 7º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e Expoeficiência (Cobbe), afirmou que o uso racional de energia é uma questão de sobrevivência.

Após sua apresentação, a Abesco e o Ciesp assinaram um convênio de cooperação.

Nos dois dias de evento (16 e 17 de junho de 2010), serão apresentados estudos de casos sobre eficiência energética.

sábado, 12 de junho de 2010

Gasbel II e outras curtas

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras realiza na próxima segunda-feira (14/06), a cerimônia de inauguração do Gasoduto Rio de Janeiro-Belo Horizonte II (Gasbel II), empreendimento que eleva para 12,9 milhões de m³/dia a capacidade total de transporte de gás natural para Minas Gerais.

O Gasbel II tem 267 km de extensão, 18 polegadas de diâmetro e capacidade para transportar 5 milhões de m³/dia. Com investimento de R$ 1,28 bilhão e geração de 21,9 mil empregos diretos e indiretos, o gasoduto, que liga Volta Redonda (RJ) a Queluzito (MG), incrementa a capacidade de transporte de gás natural para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e para o Vale do Aço, regiões que concentram indústrias dos setores de mineração, siderurgia e celulose.

Senado aprova cessão onerosa e capitalização da Petrobras
F
oi aprovado no Senado Federal o projeto de lei (“PL”) referente à cessão onerosa e à capitalização da Petrobras. A proposta em questão autoriza a União Federal a ceder onerosamente à Petrobras o exercício das atividades de pesquisa, exploração e produção de petróleo e gás natural em determinadas áreas do pré-sal, limitado ao volume máximo de 5 bilhões de barris de óleo equivalente, além de autorizar que a União Federal possa subscrever ações do capital social da Petrobras. O projeto de lei foi aprovado sem alterações em relação ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados e, por isso, será encaminhado para sanção presidencial para posteriormente ser convertido em lei.
Regime de partilha - O Senado também aprovou o novo regime de partilha para a exploração e produção em áreas do pré-sal e áreas estratégicas. Esse regime foi aprovado com a unificação dos projetos de lei de criação do Fundo Social e do regime de partilha de produção. O PL garante à Petrobras o papel de operador único, com parcela mínima de 30%, podendo ainda participar dos processos licitatórios visando aumentar sua participação nas áreas. O novo regime contempla ainda a possibilidade de cessão direta à Petrobras de até 100% de novas áreas, sem licitação. O PL, conforme aprovado pelo Senado, terá de ser submetido novamente à Câmara dos Deputados em função da unificação dos dois projetos e, se aprovado, será encaminhado para a sanção do Presidente da República.

Abertas as inscrições para o PPC 2010A Petrobras, em parceria com o Ministério da Cultura, anunciou hoje (11/6), em Salvador, a abertura de inscrições para a edição 2010 do Programa Petrobras Cultural (PPC). O programa tem verba total de R$ 61,2 milhões, destinada à seleção pública de projetos em 19 áreas culturais.
As comissões de seleção do PPC são formadas por profissionais que atuam diretamente nos setores da cultura contemplados pelo programa, incluindo realizadores, pesquisadores, jornalistas, críticos, curadores, acadêmicos, editores, entre outros. Desde sua primeira edição, as seleções públicas já destinaram, por meio da Lei Rouanet, R$ 250 milhões a mais de mil projetos em todos os estados do país.

Banco do Brasil tem novo vice-presidente

O Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou nesta sexta-feira, 11, a indicação de Danilo Angst, 52 anos, para a Vice-Presidência de Crédito, Controladoria e Risco Global, em substituição a Ricardo José da Costa Flores, que assumiu a Presidência da Previ na terça-feira, 01 de junho.

Funcionário de carreira, Danilo Angst trabalha no Banco do Brasil desde 1982. Foi superintendente do BB nos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Paraná. Desde 2009, ocupava o cargo de diretor de Distribuição.

Angst é formado em Ciências Contábeis pela PUC/RS, com pós-graduação em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestrado em Sistemas de Gestão pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Concluiu também os cursos de MBA Altos Executivos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Executivo em Finanças, do IBMEC, e Administração e Estratégia, da UFF.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Equipe da Venbras se reune e confraterniza

Para comemorar o fechamento da edicção da Venbras, os colaboradores se reuniram na sede da Money Fit, onde todos se apresentaram e souberam um pouco mais de suas vidas.

Foi um momento importante, que contou até com a presença do presidente da Câmara Venezuelana de Roraima, atual Secretário de Estado para Assuntos Internacionais.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A Alstom anuncia seu terceiro Setor, a Alstom Grid, com a atividade de Transmissão da Areva

Com a aquisição da atividade de Transmissão da Areva T&D no dia 7 de junho de 2010, a Alstom alcança uma etapa decisiva de seu desenvolvimento, constituindo um novo Setor, chamado de Alstom Grid, que vem se somar aos já existentes de geração de energia elétrica e transporte ferroviário: Alstom Power e Alstom Transport. Esta aquisição, no valor de 2,3 bilhões de Euros, dá uma nova dimensão ao Grupo, que passa a ter, com suas três atividades, um faturamento superior a 23 bilhões de Euros[1][1] e empregar mais de 96.000 pessoas.

Esta aquisição acontece após o lançamento de uma oferta de aquisição da Areva T&D, em parceria com a Schneider Electric, anunciada em julho de 2009. No final de novembro de 2009, a Alstom e a Schneider Electric entraram em uma negociação exclusiva com a Areva para adquirir seus negócios de transmissão e distribuição, e então assinaram o acordo de aquisição no final de janeiro de 2010. O encerramento desta transação ocorreu ontem, de acordo com o cronograma planejado.

"A Alstom Grid, que constitui a atividade de transmissão de alta tensão da Alstom, será o terceiro pilar do Grupo, além de Power e Transport. Este setor se beneficiará de todas as sinergias e recursos de que o Grupo dispõe, em particular de sua rede internacional presente em 70 países, suas capacidades tecnológica e industrial e dos vínculos já existentes entre a transmissão de energia elétrica de alta tensão e a geração de energia elétrica", declara Patrick Kron, Presidente mundial e CEO da Alstom.

Como terceiro setor do Grupo Alstom, ao lado da Alstom Power (13,9 bilhões de Euros de faturamento em 2009/10, 50.000 funcionários) e da Alstom Transport (5,8 bilhões de Euros de faturamento em 2009/10, 25.000 funcionários), a Alstom Grid registrou mais de 3,5 bilhões de Euros de faturamento em 2009. Empregando 20.000 pessoas, distribuídas em mais de 90 unidades industriais ao redor do mundo, a Alstom Grid está entre os três maiores grupos especializados em transmissão de energia elétrica, com a ABB e a Siemens.

"A Alstom Grid traz aos seus clientes mais de 100 anos de experiência no desenvolvimento de redes elétricas, tecnologias avançadas e expertise em segmentos-chave, tais como a eletrônica de potência, a ultra-alta tensão, as interconexões em corrente contínua, a integração das energias renováveis e as soluções de gestão das redes. A Alstom Grid dispõe de todas as vantagens necessárias nos planos tecnológico, industrial e humano para ser um dos maiores players em redes inteligentes (smart Grids) do futuro", afirma Henri Poupart-Lafarge, Presidente da Alstom Grid.

O novo Setor, cuja sede está localizada na França, no bairro parisiense de negócios La Défense, organiza-se em quatro atividades principais: Produtos (equipamentos elétricos para a transmissão de energia em alta e ultra-alta tensão, 53% do faturamento), com posição de liderança mundial em matéria de secionadores e transformadores para instrumentos; Sistemas (gestão das redes elétricas e grandes projetos turnkey, 34% do faturamento), atividade cujas competências em eletrônica de potência o fazem um líder mundial para equipamentos de corrente contínua de alta tensão (HVDC); Automação (sistemas de informação avançados para a gestão em tempo real das redes elétricas); e Serviços.

Geograficamente, o faturamento de 2009 se distribui de forma equilibrada entre a Europa (27%), o Oriente Médio e a África (31%), Ásia-Pacífico (28%) e as Américas (14%). Além do contexto atual de desaceleração induzida pela crise econômica, a atividade de Transmissão é parte de um mercado mundial cujo crescimento é avaliado em 3% por ano, para os próximos cinco anos.

A Alstom Grid espera se beneficiar desta dinâmica para estabilizar seu desenvolvimento, fortalecer sua posição em mercados-alvo, tanto no plano geográfico quanto tecnológico. Conta desde já com sua forte presença na Europa, Oriente Médio, Índia e América Latina, onde planeja crescer. A Alstom Grid espera também reforçar-se em duas áreas importantes como China e América do Norte, essenciais para seu crescimento futuro, aumentando sua participação de mercado.



WebSite www.alstom.com

Sobre a Alstom Grid no Brasil

No Brasil, o novo Setor emprega cerca de 1.300 pessoas em três unidades (São Paulo, Canoas e Itajubá), fazendo com que a Alstom alcance mais de 5.000 funcionários locais, trabalhando em 7 unidades.

As atividades de Transmissão no País representaram vendas (por origem) de cerca de € 170 milhões em 2009.

Com uma presença de 55 anos no Brasil, a Alstom conta com referências importantes no novo Setor, a Alstom Grid, incluindo:

- Projeto Norte-Sul 3: contrato turnkey de R$ 57 milhões para o fornecimento de cinco subestações de 500kV para a Intesa (2 novas e 3 ampliações - Serra Mesa II, Peixe II, Gurupi, Colinas e Miracema). O projeto faz parte do terceiro circuito da linha de transmissão Norte-Sul no Brasil e foi entregue em maio de 2008.

- Projeto Viana: contrato no valor de R$ 90 milhões para o fornecimento de uma subestação 345/138 kV 2x225 MVA para Furnas. A subestação foi entregue em tempo recorde, 9 meses, para resolver o problema de confiabilidade da rede elétrica no Espírito Santo, sudeste do Brasil, que sofria com constantes blecautes. A energização aconteceu em dezembro de 2005.

- Projeto SIIF: fornecimento de subestações isoladas a ar (AIS) de 69kV e 230kV para parques eólicos da SIIF Energies, na região nordeste do Brasil. Projeto turnkey de 2xAIS 69kV-25MVA, 1xAIS 230kV-50/60MVA, 1xAIS 230kV-100/120MVA e uma subestação de conexão AIS 230kV, incluindo projeto e engenharia, fornecimento de todos os equipamentos, obras civis, construção, comissionamento e treinamento. O valor do contrato é R$ 53 milhões.

Projetos importantes da Alstom Grid em andamento no Brasil:
- Contrato Rio Madeira: contrato de US$ 400 milhões para um bipolo de Corrente Contínua de Alta Tensão de 600 kV (HVDC) da IEMadeira para a linha de transmissão mais longa do mundo, com comprimento total de 2.375 quilômetros. Este contrato foi assinado em 28 de setembro de 2009. A Alstom Grid fornecerá os equipamentos para as estações conversoras / inversoras localizadas em Porto Velho (RO) e Araraquara (SP). A maior parte dos equipamentos será fabricada no Brasil.

- Projeto Suape: contrato no valor de R$ 55 milhões para o fornecimento de duas subestações para a Chesf. As subestações são Suape II e Suape III, de 500/230kV – 600MVA e 230/69kV – 200MVA, respectivamente. O contrato foi assinado em 27 e março de 2009 e o serviço de campo começou em 5 de maio de 2010.

Recente realização da Alstom Grid:
- Contrato Bertin: contrato no valor de R$ 45 milhões para o fornecimento de subestação e transformadores de potência para usina termoelétrica na Bahia, região nordeste do Brasil. O contrato foi assinado em 21 de maio de 2010.

Outros projetos importantes em andamento (no Uruguai):
- Projeto Melo: contrato de US$ 150 milhões para a ISUR (Interconexiones del Sur), incluindo a entrega de uma estação conversora back-to-back de corrente contínua de alta tensão (HVDC) em Melo, região nordeste do Uruguai. Esta estação será construída para interconectar as redes de transmissão de energia do Brasil e do Uruguai com frequências diferentes (60 Hz e 50 Hz respectivamente). Esta é a segunda estação conversora HVDC construída no país. A primeira foi fornecida pela Areva. O contrato foi assinado em 18 de dezembro de 2008.

- Contrato Smart Grid: acordo de cooperação com a UTE - Administracion National de Usinas y Transmisiones Electricas para estudo e desenvolvimento do projeto piloto Smart Grid (Grade Inteligente) no Uruguai. O objetivo do estudo é integrar fontes de energias renováveis, a serem distribuídas por um sistema smart energy que assegura a confiabilidade e a estabilidade da rede. O contrato foi assinado em 7 de abril de 2010.

Sabesp e Ecóleo realizam nesta quarta-feira (9/6) o seminário “Mapa da Coleta e Reciclagem do Óleo no Estado de São Paulo”

Sete casos de sucesso de coleta e reciclagem do óleo de fritura serão apresentados na sede da Sabesp, entre eles as experiências da empresa Souza Cruz, do Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo e da companhia de saneamento

A Sabesp e a Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem dos Resíduos de Óleo de Comestível (Ecóleo) realizam, nesta quarta-feira, dia 9 de junho, o seminário “Mapa da Coleta e Reciclagem do Óleo no Estado de São Paulo”. A Ecóleo é uma organização não-governamental referência no fomento à reciclagem do óleo de fritura.

O evento será uma grande oportunidade para se conhecer a rede de coleta formada no país e também para a apresentação de casos de sucesso, que geram trabalho e renda a centenas de pessoas e retiram do meio ambiente toneladas do resíduo poluente. Estima-se que um litro de óleo contamine mais de 25 mil litros de água, além de obstruir a rede de esgoto.

Serão apresentados sete casos de sucesso de coleta e reciclagem do óleo de fritura, entre eles as experiências da empresa Souza Cruz, do Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo e da Sabesp. O mapeamento dos resíduos de óleo comestível permitiu à Ecóleo criar este inventário sobre a coleta e traçar novas ações regionalizadas.

O seminário tem início às 14h, com abertura pelo assessor de meio ambiente da Sabesp, Marcelo Morgado. Ele será seguido pela apresentação da presidente da Ecóleo, Célia Marcondes, que mostrará o mapa da coleta de óleo.

Às 15h, será apresentado o Programa de Reciclagem de Óleo de Fritura (PROL), da Sabesp, pela coordenadora de responsabilidade socioambiental da Unidade Centro, Sônia Oliveira. Em seguida, serão exibidas as demonstrações dos melhores casos. O encerramento do evento se dará com a assinatura de termos de parcerias entre os presentes.

O evento é aberto ao público e não requer inscrição.

Caso da Sabesp - O PROL é um programa para fomentar a reciclagem de óleo de fritura, em especial nos municípios operados pela Sabesp, e consolidar as várias parcerias da companhia neste sentido.

Em 2007, a Sabesp, por meio da Unidade de Negócios Metropolitana Centro, firmou apoio à iniciativa para coleta de óleo de fritura organizada pela Sociedade de Amigos de Bairro de Cerqueira Cesar, em parceria com a ONG Trevo, especializada na coleta/beneficiamento de óleo de fritura e com tradição neste setor há mais de 20 anos.

No bairro de Cerqueira César, em São Paulo, no quadrilátero do projeto piloto da Sabesp, quase 100% dos edifícios (1.600 condomínios) aderiram ao programa, desde 2007. Com isso, o número de desobstruções de esgoto já é 26% menor em relação ao restante dos demais bairros operados pela Unidade de Negócio Centro da Sabesp. Ou seja, quanto menos óleo despejado irregularmente na rede de esgoto, menor também é a necessidade de execução dos serviços de manutenção.

O óleo funciona como um aglutinador de resíduos jogados na rede - como pontas de cigarros, fio dental, cotonete, preservativos e absorventes - obstruindo a tubulação. Além de beneficiar a rede de esgoto, destinar o óleo à reciclagem evita a poluição das águas.

No primeiro ano do Prol em Cerqueira César, a adesão foi de 60% dos condomínios, e o resultado uma queda de 10% dos serviços de desobstrução do coletor-tronco de esgoto. Já no segundo ano, a adesão os condomínios subiu para 90% e o número de desobstrução caiu 26%. Os 1.600 condomínios representam 11.500 ligações de água e esgoto.

Atualmente, a ONG Trevo recolhe 38 toneladas de óleo de fritura mensalmente na região. O óleo é descartado em bombonas plásticas de 50 litros, fornecidas pela própria ONG. O óleo segue na maior parte para usinas de biodiesel o que evita os impactos de mais plantações de oleaginosas.

Experiência replicada - Depois da experiência pioneira em Cerqueira César, a Sabesp ampliou as parcerias para fomentar a reciclagem do óleo em outros bairros da capital e também em outras cidades do Estado. Dentre elas, estão as ações organizadas em conjunto com as prefeituras de Osasco, Registro, Itapetininga, Lins, Jales e Presidente Prudente, em parceria com entidades e prefeituras locais.

Seminário: “Mapa da Coleta e Reciclagem do Óleo no Estado de São Paulo”.
Local: Sede da Sabesp
Endereço: Rua Nicolau Gagliardi, 313 - Pinheiros
Horário: 14h

Açotubo anuncia parceria com Gerdau na distribuição de barras forjadas

Com o acordo, a empresa, que está entre as maiores distribuidoras de barras e tubos de aço da América Latina, apresenta-se com preços e prazos mais competitivos no mercado e grande variedade de produtos e bitolas

Para ampliar sua linha de produtos e suprir as necessidades de seus clientes de maneira ainda mais ágil e personalizada, a Açotubo, empresa posicionada entre as maiores distribuidoras de tubos e barras de aço para construção mecânica da América Latina, anuncia parceria com a Gerdau na distribuição de barras forjadas de aços para construção mecânica. Esta iniciativa possibilita aos clientes da Açotubo uma vantagem nos aspectos como preço e rapidez de entrega, de aços ligados e ao carbono.

“ O diferencial dessa parceria, é a certeza que nossos clientes poderão dispor de produtos de qualidade comprovada e a preços competitivos, que somente a aliança entre a Açotubo e Gerdau poderiam garantir”, afirma Antonio Abbud, Gerente de Vendas da Açotubo.

As barras forjadas possuem diversas aplicações como em eixos de moenda de cana, cilindros de laminação, colunas de prensas, engrenagens, eixos de turbinas, em ventiladores industriais, entre outras. “O produto é utilizado principalmente, em setores econômicos como sucroalcooleiro, de máquinas e implementos agrícolas, de equipamentos rodoviários e na indústria naval. Nessas aplicações de responsabilidade, não há espaço para materiais que não tenham garantia de origem e de rastreabilidade da matéria-prima”, conclui Abbud.

Sobre a Açotubo:
Fundada em 1974, a Açotubo acaba de completar 36 anos de atividades como a empresa de melhor estrutura técnica e operacional do setor. Tradicional empreendedora neste ramo alia avançados princípios de administração e estratégias – o que a tornou referência empresarial e de liderança em seu segmento – com uma estrutura adequada a oferecer um atendimento diferenciado e de alta categoria. O compromisso com a qualidade dos produtos é certificado pela DNV – Det Norske Veritas, com selo do INMETRO na ISO9001 e o compromisso de responsabilidade social também é certificado pela DNV com o selo SA8000 tendo sido a primeira empresa do segmento de produtos siderúrgicos a obter estas certificações.

Visite o site www.acotubo.com.br

Acordo entre CNI e Caixa Econômica Federal facilita a compra de equipamentos para produção limpa

As empresas que planejam investir em processos de produção mais limpa poderão financiar a compra de máquina e equipamentos pela linha de crédito Ecoeficiência. A nova fonte de financiamento é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Caixa Econômica Federal. Conforme o convênio assinado nesta segunda-feira, 7 de junho, a Caixa financiará 100% do valor dos projetos.

O pagamento poderá ser feito em até 54 meses com carência de seis meses. Os empréstimos terão acréscimo da TR mais 1,92% ao mês. Os pedidos de financiamento de até R$ 10 milhões serão liberados em um prazo de 15 dias. “A Caixa já tem recursos disponíveis para o financiamento, e não existe limite máximo pré-estabelecido. O valor do financiamento vai depender da capacidade da empresa”, disse o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa Econômica Federal, Fábio Lenza.

O superintendente coorporativo da CNI, Antônio Carlos Brito Maciel, destacou que as empresas precisam de recursos de longo prazo para financiar a substituição de máquinas e equipamentos que permitirão a produção mais limpa. “Essa é mais uma iniciativa da CNI para ajudar as empresas a se adequarem à legislação ambiental”, disse Maciel. Ele assinou o convênio com a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho.

Maciel explicou que, para ter acesso à Linha Ecoeficiência, as empresas devem elaborar um projeto de compra de máquinas e equipamentos que serão usados em atividades de produção limpa, como nos processos de tratamento de resíduos sólidos ou de reutilização de água. O projeto deve ser aprovado por órgãos ambientais e depois apresentado à Caixa Econômica, que definirá a liberação dos recursos.

Conforme a gerente da Unidade de Meio Ambiente da CNI, Grace Dalla Pria, a parceria com a Caixa reforça as ações da CNI para estimular a produção industrial sustentável. Além disso, a Confederação já mantém iniciativas na área de eficiência energética e oferece cursos para a elaboração de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). “O convênio com a Caixa coroa uma séria de iniciativas da CNI em prol da ecoeficiência”, completou Grace. A assinatura do acordo com a Caixa é parte das comemorações do Dia Internacional do Meio Ambiente, que ocorreu em 5 de junho.

Globalização ou regionalização veicular?

O mercado de veículos comerciais pesados cresce constantemente no Brasil, atrelado ao consumidor mais exigente e conhecedor de suas necessidades. A competitividade desse mercado também aumenta cada vez mais e obriga as montadoras a trabalharem sempre para garantir qualidade, preço competitivo e, principalmente, a melhor relação custo de aquisição versus custo operacional. Nesse contexto, surgem várias questões: quanto investir e em quanto tempo? Como equacionar o eterno paradigma “globalizar ou regionalizar?”.

A estratégia da globalização traz na esteira uma série de benefícios, mas sem dúvida o maior deles é a redução de custos. Os projetos globalizados passam a ter um custo de desenvolvimento menor, uma vez que o mesmo projeto será utilizado em um número muito maior de veículos fabricados. Além disso, há o barateamento do processo de produção, o que pode otimizar a cadeia produtiva mais facilmente, com a maior escala de produção. Produção que, inclusive, também pode ser globalizada, com a fabricação de cada componente em local específico, buscando garantir qualidade, custo e perfeita distribuição mundial.

A globalização é, na verdade, o grande sonho das montadoras: um projeto único atendendo todo o mercado mundial. Então por que não realizá-lo? Simplesmente porque há fatores completamente distintos para cada região, como legislações vigentes, fluidez das rodovias, pavimentos, condições climáticas e necessidades específicas dos usuários do setor.

Dessa forma, no segmento de veículos comerciais pesados não se deve considerar apenas o fator globalização, mas a regionalização ou a especialização também. No desenvolvimento do projeto é fundamental o atendimento dos fatores mercado, investimento e infraestrutura/legislação, porque estes três pilares são essenciais para a decisão do caminho a ser tomado.

Há montadoras que trazem projetos do exterior e, também, buscam maior ou menor grau de regionalização nos veículos em função de cada mercado de atuação. Outras desenvolvem um produto local e objetivam o mercado de exportação, ao adaptar os veículos para atender exigências específicas. Há, ainda, aquelas que buscam na especialização a principal vantagem de seus produtos, combinando ou não com as demais estratégias.

Montadoras de veículos comerciais pesados e os frotistas são afetados direta ou indiretamente por uma das estratégias adotadas, assim como pelas normas vigentes ou necessidades específicas. Os efeitos deste processo podem ser positivos ou negativos de acordo com a estratégia e objetivos de cada uma das empresas envolvidas.

A verdade é que, como tudo na vida, não podemos radicalizar. O equilíbrio e a flexibilidade são as melhores soluções para as montadoras se adequarem ao mercado e à decisão de quanto globalizar e quanto regionalizar. Quando bem dosados só trarão benefícios ao mercado globalizado.

* Márcio Schettino é diretor do Comitê de Caminhões e Ônibus do Congresso SAE BRASIL 2010

Um pouco de Confúcio para a era dos híbridos e elétricos*

Diante das pressões para se reduzir consumo e emissões dos veículos, assistimos a uma intensa atividade global no setor automotivo para o desenvolvimento de veículos elétricos. Projeções, pronunciamentos, investimentos, incentivos e novas e interessantes iniciativas na área são apresentadas quase que diariamente. No final de 2009, o megainvestidor Warren Buffett fez um pronunciamento de que ‘em 20 anos todos os veículos nas estradas seriam elétricos’ e, logo em seguida, comprou uma importante participação acionária na chinesa BYD, empresa que quadruplicou suas vendas entre 2003 e 2009 no setor de baterias e veículos elétricos.

E não é à toa. Um pouco antes, em 2008, o jornal ‘The Register’ noticiou que a Dinamarca lançou um projeto de eletrificação total de sua frota de veículos. A meta é que o governo daquele país implante 500 mil pontos de carga e 150 postos de troca de bateria e conceda importantes incentivos aos compradores. Já nos Estados Unidos, Barack Obama anunciou incentivos de cerca de U$ 2,4 bilhões para o desenvolvimento de baterias com maior autonomia. Aliás, por lá, vários estados já possuem objetivos de médio prazo que exigem participação crescente de veículo de emissão zero nas suas frotas.

O Japão também já está se mexendo. Recentemente, a prefeitura de Tóquio, juntamente com a empresa Better Place, especializada em serviços na área de veículos elétricos, anunciou um ambicioso projeto de eletrificação de todos os táxis da cidade, responsáveis por 20% das emissões. O projeto também inclui a construção de postos de troca de baterias. Países como China, Índia e Portugal possuem estratégias governamentais de incentivo ao uso de veículos de emissão zero, com metas arrojadas de curto de médio prazo. Todas as grandes montadoras lá fora têm importantes projetos de veículos híbridos e elétricos puros, com inúmeros lançamentos previstos para os próximos anos.

No Brasil há também algumas iniciativas, como o projeto VE da Itaipu em parceria com a Fiat e outras empresas para o desenvolvimento de carros elétricos, os projetos da CPFL Energia, também neste sentido, entre outras. A Mitsubishi, por exemplo, acaba de anunciar o lançamento futuro do I-MiEV. O movimento é intenso, mas não há ainda uma política nacional de introdução, como vemos no exterior.

Enquanto isso, algumas cidades já tomam a dianteira. A prefeitura da capital paulista, por exemplo, assinou com a Renault-Nissan a compra de modelos elétricos Nissan Leaf para a frota da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) do município. Outras montadoras também anunciam a oferta de modelos híbridos no médio prazo.

As iniciativas são importantes, sem dúvida, porém, qual seria a real velocidade de introdução destas tecnologias? Há exagero ou otimismo? Haveria mesmo uma substituição total da tração veicular, ou, seguindo a sabedoria chinesa que vem de Confúcio, de haver um caminho do meio, teríamos lugar para todas as tecnologias, segundo o uso e a aplicação?

Há ainda vários problemas a serem resolvidos, como a disponibilidade de pontos de carga, a oferta de baterias, a própria tecnologia para maior autonomia do veículo etc. Mas é para isso que a engenharia existe, ou seja, resolver problemas! Inclusive, os engenheiros se reunirão em outubro próximo para debater o assunto e seus desdobramentos do ponto de vista das montadoras, sistemistas e concessionárias de energia elétrica em um dos painéis do Comitê de Veículos Leves do Congresso SAE BRASIL 2010, que será realizado em outubro, em São Paulo.

Os veículos elétricos não são novidade. Na verdade, se desenvolveram simultaneamente aos de combustão interna, por volta de 1873. O auge foi entre 1900 e 1913, mas houve um declínio com a descoberta das grandes reservas de petróleo no Texas, nos Estados Unidos, e a introdução dos motores de partida em 1911.

Na década de 1970 houve um recomeço, com a crise do petróleo e, atualmente, vivemos um período de renascimento dos elétricos, sejam híbridos (com motor a combustão que pode efetuar a tração juntamente com o motor elétrico, ou apenas servir de auxiliar na carga das baterias), ou os elétricos puros, com bateria. Há também a célula de combustível, que ainda está em seus primórdios.

Sem dúvida, os veículos elétricos têm grande apelo na questão do aquecimento global, dispensa série de sistemas químicos e mecânicos no veículo, mas o ‘calcanhar de Aquiles’ ainda é a questão da autonomia, que já vem sendo resolvida. Muito já se caminhou e hoje já se alcança autonomia na faixa dos 150 km. Além disso, há grande movimento na estratégia de baterias intercambiáveis, como no projeto dos táxis de Tóquio.

Certamente se trata de campo palpitante, cujos desdobramentos ainda estamos assistindo, mas que deverão mudar consideravelmente o panorama do setor. Como em toda mudança de paradigma, há resistências e céticos, porém, a julgar pela quantidade de iniciativas globais, certamente esse é um caminho sem volta.

* Jomar Napoleão da Silva é vice-diretor do comitê de Veículos Leves do Congresso SAE BRASIL 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

BID apresenta estudo sobre produtividade na América Latina e no Caribe

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) afirmou hoje que os baixos ganhos de produtividade são a principal razão para que as taxas de crescimento da maioria dos países da América Latina e do Caribe sejam inferiores tanto às de países desenvolvidos como de países similares na Ásia Oriental.

Esses dados estão na edição mais recente da principal publicação do BID, Desenvolvimento nas Américas. O estudo The Age of Productivity: Transforming Economies from the Bottom Up (A era da produtividade: transformando economias pela base) analisou a eficiência com que as nações estão utilizando seus recursos produtivos.

O estudo examinou os ganhos e perdas de produtividade em relação aos Estados Unidos em uma amostra de 76 países, entre eles 17 da América Latina e Caribe. O Chile foi o único país da região a aumentar sua produtividade em comparação com os Estados Unidos desde 1960. A produtividade do Brasil, o terceiro país com melhor desempenho na América Latina, declinou 2,5% quando comparada aos Estados Unidos no mesmo período.

Afastando-se da noção comum de que o crescimento da região é prejudicado pela insuficiência de investimentos, o estudo mostra que a América Latina e o Caribe poderiam acelerar fortemente seu crescimento econômico e diminuir a defasagem na renda per capita em relação às nações industrializadas por meio de políticas que promovessem um melhor uso dos recursos já existentes na economia, particularmente no setor de serviços.

Um país latino-americano típico poderia ter tido um aumento de 54% na renda per capita desde 1960 se sua produtividade tivesse crescido na mesma proporção que a do resto do mundo durante o período. A renda per capita nesse país típico seria quase o dobro se sua produtividade estivesse próxima de seu potencial total.

“As descobertas desse estudo indicam uma oportunidade única para que os países da região invistam em reformas e políticas que possam estimular a produtividade”, disse a economista do BID Carmen Pagés, que coordenou o estudo.

“A região tem um grande potencial para aumentar drasticamente o crescimento econômico e a renda per capita por meio de, por exemplo, aumento do crédito, regimes tributários mais simples e mais bem distribuídos, custos mais baixos de transporte e uma política social mais bem elaborada para reduzir o emprego informal”, acrescentou.

A produtividade também se beneficiaria fortemente de políticas orientadas ao fornecimento de bens públicos essenciais, como melhor infraestrutura e ambiente regulatório, além de medidas para estimular a inovação no setor privado, observou Pagés.

Pagés apresentou os resultados do estudo durante seminário no Rio de Janeiro na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O encontro foi organizado pelo BID, a FIRJAN, a Fundação Getúlio Vargas e a Confederação Nacional das Indústrias.