terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mercosul espera que integração econômica chegue também a seus cidadãos

Terra

O Mercosul realizará nos dias 16 e 17 de dezembro na cidade de Foz do Iguaçu sua 40ª cúpula presidencial, na qual tentará firmar as bases para aprofundar suas dimensões econômica, social e cultural.

O Tratado de Assunção, que deu vida ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), completará em março 20 anos como instrumento de integração econômico-comercial, pelo qual o Brasil, país que exerce a presidência semestral do bloco, pensa em uma visão estratégica mais ampla para as próximas duas décadas.

"Em Foz do Iguaçu vamos lançar a ideia do Mercosul para os próximos 20 anos. O Mercosul será algo em movimento que significará para os países não apenas comércio, como desenvolvimento", disse em uma conferência no Rio de Janeiro o subsecretário do Itamaraty para América do Sul, Central e Caribe, Antonio Simões.

A decisão de avançar em outros campos da integração não significa que tenham sido resolvidos todos os problemas no campo econômico-comercial que afetaram o Mercosul desde sua criação, mas se deve ao desejo de seus quatro membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) de aprofundar os vínculos para outras vertentes.

Na cúpula realizada em agosto em San Juan (Argentina), foram dados passos significativos como a aprovação do Código Alfandegário do Mercosul e o lançamento do processo de eliminação gradual da dupla cobrança do Tarifa Externa Comum (AEC), medidas que nos próximos anos permitirão o avanço do bloco, com frequência freado por conflitos entre seus parceiros.

Como complemento ao acordo aprovado na cúpula de San Juan, o Brasil quer propor que sejam retomadas as discussões para impulsionar o comércio de serviços no Mercosul, já que se trata de um setor em expansão que oferece muitas oportunidades a empresas dos países do bloco.

O Brasil também tenta fazer com que seja adotado um mecanismo que estimule os investimentos entre os países-membros pois, embora os fluxos de capital em circulação tenham aumentado nos últimos anos, convém a todos intensificá-los.

"Quando se trata de Mercosul, temos a obrigação de pensar grande. O Mercosul precisa dar mais um salto qualitativo e definir metas - a um tempo, ambiciosas e razoáveis - para avançar na conformação plena da União Aduaneira e para a criação efetiva de um Mercado Comum", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim, em discurso perante o Parlamento do Mercosul, em outubro na cidade de Montevidéu.

Além dos aspectos puramente econômicos, a presidência semestral do Mercosul considera que a estratégia para os próximos 20 anos deve abranger também as agendas social e cidadã porque, segundo Simões, "não se pode pensar na integração só com uma visão mercantilista, mas também desenvolvimentista".

"Não vamos ter apoio para aprofundar o processo econômico e social se não levarmos em conta as pessoas", explicou o diplomata.

A integração social deu já os primeiros passos com a inauguração, no ano passado, do Instituto Social do Mercosul, com sede em Assunção, e com a adoção do Plano Estratégico de Ação Social (Peas), que foi discutido nesta semana em Brasília e será apresentado na 10ª Cúpula Social do Mercosul e aos presidentes em Foz do Iguaçu.

Segundo o governo brasileiro, este programa que inclui os quatro membros plenos do Mercosul e os associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela - este último em processo de adesão plena) tem como objetivo "combater as desigualdades sociais e garantir os direitos humanos, econômicos, sociais e culturais, especialmente da população mais vulnerável".

Mais ambiciosa é a integração cidadã, que prevê o lançamento de um estatuto que inclui avanços como as viagens sem necessidade de passaporte entre os países-membros, proteção diplomática e consular para todos os cidadãos do Mercosul, assim como facilidades para a obtenção de residência permanente em outro país do bloco e para a circulação de bens culturais.

Com estas iniciativas, o Brasil, que será sucedido na presidência semestral pelo Paraguai, quer começar a construir o que Amorim definiu como "um Mercosul dos povos".


Adesão ao Mercosul ampliaria atuação do Brasil na Venezuela

Humberto Márquez, Interpress

Há vários projetos envolvendo empresas brasileiras esperando a entrada do país no bloco para saírem do papel

A entrada da Venezuela no Mercosul, como membro pleno, ainda depende da aprovação do Congresso do Paraguai. A adesão, no entanto, simplificará os procedimentos alfandegários, aumentará o comércio e dará maior segurança jurídica, o que atrairia mais empresas brasileiras.

"Na Venezuela, há cerca de 36 projetos que envolvem companhias brasileiras que estão parados aguardando condições melhores, como uma fluidez de recursos ou que a Venezuela se una oficialmente ao Mercosul", disse Fernando Portela, diretor da Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio.

A estatal Corpozulia, por exemplo, opera minas de carvão no Estado de Zulia e firmou um acordo de exploração com a brasileira Vale na serra de Perijá. No entanto, quatro grupos indígenas alegam que a zona é território ancestral e muitas comunidades se opõem à expansão da mineração na região.

Ao mesmo tempo que a presença brasileira é evidente nas gruas e no concreto reforçado, o comércio bilateral também floresce e, ao contrário das últimas décadas do século 20, a balança comercial favorece o Brasil, que depende cada vez menos das importações de petróleo e torna-se cada vez mais fornecedor de alimentos para a Venezuela.

Em 1999, o comércio bilateral totalizava US$ 1,5 bilhão, dos quais US$ 974 milhões eram vendas venezuelanas. Em 2009, as exportações brasileiras alcançaram US$ 3,6 bilhões, enquanto as importações da Venezuela foram de apenas US$ 581 milhões.

"A tendência continuará em 2010, com cerca de US$ 600 milhões em exportações de produtos da Venezuela, enquanto o Brasil exportará o equivalente a US$ 3,5 bilhões", disse Carlos Santana, diretor de promoção comercial na Embaixada do Brasil em Caracas.

A Venezuela importa carne, frango, açúcar, celulares, pneus, peças automotivas, óleo de soja, café e leite. O Brasil concentra suas compras em insumos petroquímicos, carvão e eletricidade, que chega pelas linhas de alta tensão da hidrelétrica do rio Caroní.

No entanto, nem tudo é tranquilo nas relações bilaterais. A crise econômica global levou a petroquímica Braskem a reformular seus planos e reduzir seu investimento à metade, de US$ 1 bilhão para US$ 500 milhões.

Por outro lado, a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, está tendo dificuldades para levantar os 40% que são sua parte na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A refinaria deverá processar 230 mil barris de petróleo, principalmente venezuelano, diariamente. A Petrobrás, que conseguiu levantar US$ 50 bilhões no mercado internacional para aplicar em seus projetos de expansão, assumiu a construção da refinaria em 2009.

PRESENÇA NACIONAL
Odebrecht
Empresa tem pelo menos 15 projetos importantes de infraestrutura na Venezuela, entre eles a construção de novas linhas de metrô em Caracas. O projeto emblemático - e mais visível - é a segunda ponte sobre o Rio Orinoco

Petrobras
Empresa assumiu em 2009 a construção de refinaria em conjunto com a Venezuela

Vale do Rio Doce
Empresa estatal venezuelana Corpozulia opera minas de carvão e firmou um acordo de exploração com a brasileira Vale do Rio Doce na Serra de Perijá

sábado, 11 de dezembro de 2010

Paraguai adia votação sobre entrada da Venezuela no Mercosul

(Estadão)
Assunto só voltará a ser debatido no Parlamento em 2011; Executivo pediu retirada da pauta
Ariel Palácios, correspondente em Buenos Aires

O debate sobre a entrada da Venezuela no Mercosul foi adiado pelo segundo ano consecutivo pelo Senado do Paraguai, em Assunção.

O tratamento da adesão do país caribenho como sócio pleno do bloco do Cone Sul estava prevista para hoje na agenda da câmara alta paraguaia. Mas, a pedido do Poder Executivo, o presidente do Senado, Óscar González Daher, retirou o assunto da agenda. Desta forma, o caso da Venezuela só será tratado em 2011, quando o presidente Fernando Lugo enviar novamente o assunto para a câmara alta.

Na quinta, em Assunção, o senador Daher, representante do partido Colorado, de oposição, havia incluído o assunto na agenda inesperadamente, à revelia do governo do presidente Fernando Lugo, que havia removido o caso do plenário na quinta-feira.

O governo - que não conseguiu reunir adesões da oposição para aprovar a entrada da Venezuela - havia optado ontem por remover o tratamento para evitar uma derrota no Senado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Foz do Iguaçu recebe pela primeira vez reunião de presidentes do Mercosul

(Mercado e Eventos)

A cidade de Foz do Iguaçu receberá no dia 17 de dezembro a 40ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados. Na coasião estarão presentes o presidente Luis Inácio Lula da Silva, a presidente eleita Dilma Roussef, o governador do Paraná, Orlando Pessuti e outros 12 chefes de Estado da América do Sul.

Também participarão do evento os diretores da Itaipu Binacional, Jorge Samek, representante brasileiro, e Gustavo Codas Friedmann, do lado Paraguaio, além do secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Nei Caldas, e do secretário do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul), Santiago Gallo e mais 34 chanceleres.

Esta será a primeira vez que o Paraná sedia uma reunião de cúpula do Mercosul. Segundo Gallo, coordenador estadual para o evento, a escolha pelo Paraná é um reconhecimento que o Mercosul dá ao Estado por ser o único da Federação que tem uma política pública orientada ao Mercosul, desde 2003.

Chávez anuncia patrocínio da PDVSA a Maldonado na Williams

(estadão.com.br/Reuters)

O piloto Pastor Maldonado vai levar o patrocínio da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para a Fórmula 1, categoria em que ele vai competir em 2011 após ser contratado pela equipe Williams.

Maldonado, campeão da categoria GP2, foi contratado no início de dezembro para ser o novo parceiro do brasileiro Rubens Barrichello à frente do Williams Cosworth FW33 na nova temporada, que começa em 13 de março.

O piloto venezuelano contou com o apoio financeiro da PDVSA durante a maior parte de sua carreira. Ele é amigo pessoal do presidente Hugo Chávez, e nos últimos dia visitou ao lado do mandatário os locais onde estão as pessoas atingidas pela pior chuva da última década no país.

"Através da Petróleos da Venezuela estamos apoiando Pastor Maldonado e sua equipe para que corra pelo mundo e mostre o seu valor", disse Chávez a vítimas das chuvas, tendo Maldonado ao lado.

O presidente contou que a relação com o piloto é antiga e começou com a necessidade de patrocínio de Maldonado.

"Pastor não podia entrar (no automobilismo internacional) e me chamaram, e vocês sabem que isso é dinheiro, muito dinheiro", explicou.

Chávez desafiou Maldonado a disputar uma corrida em janeiro, antes que comece a temporada da F1.

Maldonado será o quarto piloto de seu país a disputar a F1. Na década de 1960, os venezuelanos de origem italiana Ettore Chimeri e Piero Drogo tiveram passagens breves pela categoria.

O mais famoso piloto venezuelano é Johnny Cecotto, que se transferiu para a F1 em 1983, após vencer dois mundiais de motovelocidade. Ele disputou duas temporadas da F1.




Chávez agradece apoio internacional após chuvas na Venezuela

(AFP)

O presidente Hugo Chávez agradeceu na terça-feira à noite as "manifestações de solidariedade de líderes e povos irmãos" que ofereceram ajuda à Venezuela após as chuvas que afetaram mais de 100.000 pessoas.

Em um comunicado, Chávez agradeceu as ligações de solidariedade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega.

Segundo o texto, todos os chefes de Estado se comprometeram a enviar ajuda humanitária.

As fortes chuvas das últimas semanas na Venezuela deixaram 34 mortos e afetaram mais de 100.000 pessoas.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Exportação de autopeças para Venezuela entra na pauta das discussões da Federação de Câmaras de Comércio Venezuela - Brasil

O presidente da Fecamvenez (Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela Brasil) José Francisco Marcondes participou de reunião do Grupo de Trabalho Brasil-Venezuela para a Promoção e Cooperação no Comércio de Peças realizada em São Paulo/SP.

O encontro analisou os problemas enfrentados na comercialização de peças automotivas entre Brasil e Venezuela, a atuação da Câmara do Comércio e da Embaixada Brasileira na Venezuela em busca da solução. Também foi elaborado um documento a ser encaminhado à Embaixada Brasileira na Venezuela e apresentado na próxima Reunião de Monitoramento do Comércio Bi Lateral.

Entre os dirigentes presentes estavam o presidente da CANATAME (Câmara Nacional de Talleres Mecânicos), José Manuel Gonzalez Esquivel e o presidente da ABRAESA (Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços para Excelência da Reparação Automotiva), Ângelo Coelho, além de convidados.

Vice-presidente da Câmara Venezuelana de São Paulo participa de concurso de fotografia



Osvaldo Rovetto, vice-presidente da Camvenez/SP participou de concurso de fotografia promovido pelo Clube Transatlântico, cujo tema era Viagens.

A sequência de fotos feitas por Rovetto, com o título Montevidéu, ficou em quinto lugar. No total, eram 77participantes.

Exposição Ilhamérica, a Arte Venezuelana Hoje segue até 8 de dezembro


Com a proposta de quebrar barreiras entre os países, especialmente através da arte, a Primeira Mostra de Arte Venezuelana no Brasil fica em cartaz até o dia 8 de dezembro, na Galeria Dalmau Studio.

A abertura foi um sucesso. Os artistas Morella Jurado, Cesar Rojas e Carlos Ancheta tiveram suas obras admiradas por mais de 300 pessoas, em apenas duas horas de coquetel.

Com técnicas de pintura e fotografia, os venezuelanos exibem outro do lado pouco
conhecido do país, mas que é capaz de despertar interesse até nos mais críticos.

Morella, a principal artista e produtora da exposição, está participando concomitantemente de uma mostra no Museu Nacional da Jordânia. Uma de suas obras, Marea, acaba de se tornar selo postal na Venezuela.

O patrocínio é da Caixa Cultural, PDVSA e Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela Brasil

Serviço:
Ilhamérica: a arte venezuelana hoje
Onde: Galeria Dalmau Studio. Rua Groenlândia, 1943. Jd América. (11)
3063-5813
Quando: de 17 de Novembro a 8 de dezembro de 2010
Horário: das 10h às 20h
Entrada Franca