terça-feira, 4 de maio de 2010

Seminário aumenta negócios entre Pará e Venezuela

"Até o governo do presidente Lula, no Brasil, e a governadora Ana Júlia, no Pará, se interessavam muito pela Europa e Estados Unidos, e pouco pelos países vizinhos. A aproximação com países em desenvolvimento, como China e Venezuela, é uma quebra de tradições, e por isso digo a vocês: mais do que negócios, fazemos história. Não tenhamos medo de fazer história". Com estas palavras, o secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, abriu sua fala na manhã desta terça-feira (4), no seminário "Missão Comercial Norte do Brasil", que segue até quinta-feira (6) no hotel Crowne Plaza, no centro de Belém. O evento é organizado pelo Banco do Comércio Exterior da Venezuela (Bancoex), em cooperação com a Sedect.

Maurílio Monteiro destacou que os esforços para intercâmbios culturais, políticos e comerciais com a Venezuela começaram ainda no primeiro ano do governo Ana Júlia e já dão resultados positivos, com aumento de volume de importação e exportação para os dois lados. "Há também um projeto para comprar gás da Venezuela, o que demandaria a construção de grandes obras de infraestrutura para receber este gás, especialmente para o polo industrial que se forma em Marabá, e também para Barcarena, onde já existe demanda para o uso de novas fontes de energia", destacou o titular da Sedect.

O secretário também falou dos avanços das negociações para estabelecer uma rota comercial fixa entre o Pará e a Venezuela, o que reduziria os custos finais de produtos importados e exportados, "que, assim, não precisariam passar antes por São Paulo para chegar ao destino".

A cônsul geral da Venezuela no Pará, Leonor Osorio, destacou que as economias paraense e venezuelana são complementares, "em que cada um tem para vender o que outro necessita", e que o seminário era uma forma de consolidar a parceria, estendida também a outras atividades, como cultura e esportes.

A gerente de promoções comerciais do Bancoex, Mirtha Quintero, destacou os fartos recursos naturais venezuelanos, um dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo e gás natural. "Trouxemos para este seminário, no Pará, oito empresas de segmentos como velas, móveis, fertilizantes, softwares e construção civil, e estaremos à disposição dos empresários paraenses para tirar dúvidas sobre como vender para nosso país e também comprar nossos produtos."

Na tarde desta terça-feira, o seminário continua com uma fala de José do Egypto Soares, presidente da Câmara do Comércio e da Indústria Brasileira-Venezuelana, e outra da professora Rosa Azevedo Marin, que abordará o "Significado Histórico e Político do Dia 19 de Abril de 1810 na Venezuela." O seminário continua na quarta e na quinta-feira, com rodadas de negócios entre empresários paraenses e venezuelanos.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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