sexta-feira, 21 de maio de 2010

“O Brasil tem a maior oportunidade, desde Cabral,de atrair Investimentos"

Fonte: www.secovi.com.br

A frase é de Romeu Chap Chap, conselheiro do Secovi-SP, que está em Madri participando de evento sobre oportunidades de investimentos no setor imobiliário brasileiro

Romeu Chap Chap, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), participou ontem (20/5), do Congresso Internacional do Mercado Imobiliário, realizado no âmbito do Salão Imobiliário de Madri (SIMA). “O interesse dos espanhóis pelo segmento de imóveis nacional é incomparável e se alinha ao que vimos detectando já há alguns anos, quando ficou claro que o Brasil era a bola da vez das inversões imobiliárias mundiais”, considera.

Por ocasião do Nordeste Invest 2010, ocorrido semana passada em Natal (RN), o movimento de grupos de investidores dos EUA e Europa foi significativo. “Porém, os espanhóis mostram apetite ainda maior. Muitos grupos já estão aqui, boa parte em parceria com empresas brasileiras, e vários outros querem entrar”, relata Chap Chap, que proferiu palestra exatamente sobre o que o País oferece nas áreas residencial e comercial.

E não são apenas grandes corporações: também as pequenas buscam oportunidades. “Há, ainda, intenso interesse por parte de profissionais liberais, como engenheiros e arquitetos, focados inclusive no Minha Casa, Minha Vida, programa com o qual possuem familiaridade, pois a Espanha desenvolve algo similar. Podemos apostar no ingresso de grande volume de novos recursos no País”, adiciona.

Saliente-se que tais recursos também devem vir para o setor de infraestrutura. Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, que participou da conferência, focalizando as oportunidades geradas por Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, mostrou o potencial que existe nesse campo para os investidores externos.

Efeitos da crise – Chap Chap conta que os efeitos da crise européia sobre a Espanha foram claramente espelhados no SIMA 2010 (Salão Imobiliário de Madri), que termina dia 23/5. Reconhecido como uma das maiores feiras do setor em âmbito mundial, a edição deste ano (12ª) ocupou apenas um pavilhão contra a média histórica de oito pavilhões (ou apenas dois mil metros quadrados de área coberta ante 30 mil metros quadrados em anos anteriores). Mas mesmo assim os negócios aconteceram, o que mostra a força de iniciativas como esta.

“O mercado imobiliário espanhol enfrenta desaceleração e desvalorização de preços. Os bancos não oferecem empréstimos, as empresas estão endividadas e há desemprego (um filme que já vimos). Entretanto, é preciso lembrar que o segmento cresceu fortemente durante 10 anos (700 mil unidades/ano), enquanto o Brasil ficou parado por duas décadas, sem financiamentos. Uma redução no ritmo seria até natural, são os ciclos do mercado, mas subprime e, agora, a crise econômica que atinge a Europa agravam o cenário”, analisa Chap Chap.

Para ele, o Brasil deveria ter presença mais destacada no SIMA, aproveitando a onda de investidores estrangeiros. “Apenas o estado do Rio Grande do Norte participou com estande”, contabiliza.

Exemplo de cidade - Apesar das dificuldades, Madri está em obras. “São obras de manutenção, calçadas, enfim, providências que transformam a capital da Espanha em modelo de cidade e de administração, proporcionando qualidade de vida aos seus cinco milhões de habitantes. Temos muito a aprender com eles em termos de gestão urbana”, opina Romeu Chap Chap.

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