Muito difundido nos EUA e Europa, produto proporciona grandes vantagens
São Paulo (SP), 11 de maio de 2010 - O aumento registrado nos últimos dois anos e também no primeiro trimestre no setor de construção civil está fazendo crescer a aplicação do EPS (Poliestireno Expandido) nos novos empreendimentos imobiliários brasileiros. O produto, conhecido como Isopor®, é largamente utilizado nos Estados Unidos e na Europa pelas propriedades superiores de isolamento térmico, menor peso, facilidade de aplicação e por ser 100% reciclável, e tem no mercado nacional grande potencial de crescimento.
Segundo Arnaud Piroëlle, gerente de marketing na BASF e porta-voz da comissão setorial de EPS da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), o setor da construção civil utiliza cada vez mais o produto e representa hoje o mercado de maior potencial de crescimento do EPS no Brasil, com consumo de 40% de todo o volume produzido – cerca de 60 mil toneladas em 2009. “No primeiro trimestre deste ano o crescimento foi de 20% em relação ao ano passado, principalmente pela aplicação nos novos empreendimentos imobiliários. A previsão é atingir 27 mil toneladas em 2010 só na construção civil”, explica o executivo.
Segundo estudos recentes, até 2016, a perspectiva no Brasil de demanda de imóveis será de cerca de 10 milhões de habitações para atender ao crescimento, sobretudo da Classe C. Devido à maior facilidade e disponibilidade de crédito imobiliário, os compradores deverão optar por imóveis novos, que utilizam sistemas construtivos modernos com materiais como o EPS no revestimento interno e em sua estrutura.
Redução de custos, melhor isolamento térmico e 100% reciclável
Largamente utilizado nos mais diversos setores, como os de embalagens industriais, artigos de consumo (caixas térmicas, pranchas, porta-gelos), indústria automobilística e na agricultura, o EPS é leve, resistente, 100% reciclável e tem características muito favoráveis, que permitem grande economia de material, mão de obra e tempo.
Sua aplicação mais difundida está na construção civil, inclusive em estradas e pontes. Constituído em volume de até 97% de ar e apenas 3% de poliestireno, os produtos finais de EPS não contaminam o solo, a água e o ar, são inodoros, totalmente reaproveitáveis e podem voltar à condição de matéria-prima. Comprovadamente um material isolante, sua aplicação na construção proporciona economia de energia de até 30%, segundo estimativas de empresas do setor.
Aplicado em lajes pré-fabricadas, coberturas e paredes tem como principais vantagens a resistência à compressão de 1.000 a 2.000 kg/m2; possibilita obter grandes vãos e altas sobrecargas nas lajes; economia no transporte e fácil manuseio, com redução de até 50% no tempo de montagem.
A produção mundial de EPS hoje é de cerca de 5 milhões de toneladas/ano, com destaque para a Ásia, com consumo de 2 milhões, Europa, um milhão e os Estados Unidos, com 700 mil toneladas. Nos mercados norte-americano e europeu a construção civil é o principal setor de aplicação. O Brasil representa 1% do mercado global e tem grande potencial de expansão em segmentos como construção civil e setores de embalagens e automotivo.
No Brasil, a utilização na construção civil começou em meados da década de 90, mas somente nos últimos anos, com o desenvolvimento de sistemas construtivos modernos, é que a sua adoção ganhou importância e relevância. A produção de EPS destinada à construção civil cresceu de 17 mil toneladas, no ano 2000, para mais de 24 mil toneladas, em 2009.
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