terça-feira, 25 de maio de 2010

Especialistas no comportamento social discutem os desafios para a imagem do plástico

Nos dias de hoje, a postura das pessoas em relação aos plásticos é controversa. Se perguntarmos aleatoriamente a qualquer pessoa na rua se o plástico polui, certamente a resposta será “sim”. Mas é curioso também notar que estas mesmas pessoas consomem produtos que levam plásticos em sua composição ou embalagem sem se dar conta.

Apesar de não notarmos, o plástico está presente em vários segmentos importantes para nossas vidas, como saneamento básico, área médica, agricultura, indústrias alimentícias, automobilística, eletrodomésticos e eletrônicos, entre tantos outros. Porém, a falta de educação das pessoas, somada à ausência de uma política em relação ao uso e descarte correto dos produtos plásticos acabam por deixá-lo numa situação de vilão do meio ambiente.  

O setor plástico, no Brasil e no mundo, passa por uma fase crítica. De um lado, o vertiginoso crescimento das aplicações do produto. Do outro, as críticas e ataques de ambientalistas, muitas vezes carregados de alarmismos e carentes de fundamentos técnicos atingem a população, o poder público e acabam gerando percepções equivocadas sobre a relação dos plásticos com o ambiente.

Diante deste cenário, a Definição Eventos reuniu um conjunto de profissionais fora do setor plástico, porém, conhecedores de diferentes aspectos do comportamento social, capazes de apontar os riscos e as oportunidades para a indústria do plástico garantir seu futuro. Esses profissionais estarão presentes no Encontro Internacional Plásticos – Imagem e Desafios, que acontecerá no dia 27 de maio, em São Paulo.  

O diretor do Instituto Análise, Alberto Carlos de Almeida, especializado em estudos de dados para o entendimento do mercado, é um dos convidados do evento, que abordará “as formas como a sociedade absorve e reage ao debate de cunho ambientalista”. Almeida é sociólogo, autor do livro “A Cabeça do Brasileiro”, uma radiografia recente da mentalidade da população adulta do País, do brasileiro e do consumidor.

A professora de psicologia econômica, Vera Rita de Mello Ferreira, vai abordar “o poder da influência do emocional sobre as decisões econômicas” e o que faz a população se sensibilizar com argumentos discutíveis, sem maiores questionamentos, fazendo deles quase que verdades absolutas.

Outro convidado do evento, o publicitário e sócio da agência Age, Carlos Domingos, discutirá o “peso do marketing verde e seus apelos junto ao consumidor”. O executivo é autor do livro “Oportunidades Disfarçadas”, um tributo ao empreendedorismo, através de cases de negócios bem sucedidos sob condições adversas.

O evento contará também com a presença do coordenador da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Casemiro Tércio Carvalho, falará sobre a regulamentação da política estadual de São Paulo de resíduos sólidos.

A principal atração do encontro será o presidente da Society of Plastics Industry, Bill Carteaux, que vai mostrar ao Brasil, em primeira mão, a campanha publicitária da indústria plástica dos EUA, que recebeu investimentos de US$ 15 milhões e tem como foco principal a internet e as redes sociais, tendo como público-alvo jovens de 14 a 28 anos, conhecida como geração Y. Este público está sintonizado e familiarizado com as redes sociais, impacientes e pouco chegados à leitura em papel. Os pregadores do desenvolvimento sustentável logo perceberam esse filão, afinal é um público largamente consumidor e de mentalidade ainda em formação.

Essa geração está acostumada com as linguagens utilizadas no Twitter e Facebook. Manchetes divulgadas nestas redes sociais como “garrafas plásticas que bóiam nos rios ou as sacolas plásticas são responsáveis pela poluição do meio ambiente” são compreendidas de imediato. Para a geração Y, o fato da garrafa ou da sacola terem sido descartadas inadequadamente é insignificante, o que prevalece é a denúncia e não os detalhes.

Para os organizadores do evento, esta será uma oportunidade única para a indústria do plástico se munir de informações para estreitar a comunicação com a sociedade sobre a sustentabilidade do produto. “A indústria precisa ampliar seu canal de comunicação com a sociedade para mostrar seu importante papel na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, afirma Helio Helman, jornalista e diretor da Definição Eventos.

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