domingo, 9 de maio de 2010

Futebol está na raíz do brasileiro

O futebol foi trazido ao Brasil pelos ingleses, mas foi muito bem absorvido e hoje achamos que ele existe no País desde o descobrimento. Com esta reflexão, deu-se início na Trevisan Escola de Negócios o 1º Encontro de Estudos Aplicados, que abordou o tema “O impacto dos patrocínios esportivos na economia e na estrátegia das empresas”, realizado nesta terça (4/5) e que contou com a participação de Fernando Trevisan, diretor geral da Trevisan Escola de Negócios, Marcos Gutterman, jornalista de O Estado de S.Paulo e autor do livro “O Futebol Explica o Brasil”; e Tullio Formicola, diretor de marketing esportivo da Vulcabras.

Guterman fez um resumo do seu livro, mostrando como a história do Brasil pode ser entendida a partir da história do futebol no país. O autor mostrou como o esporte se tornou ferramenta de expressão nacional legítima ao incorporar negros, pobres e operários. “A partir da década de 20, percebe-se que não é possível ganhar sem ter negro no time por conta de seu vigor físico,” disse. Em termos políticos, Guterman contou como a transmissão da Copa de 70 pela TV a cores e o desempenho magnífico da seleção resultou na sensação de unidade nacional, muito bem utilizada pelo regime militar da época. “Daí que surge a expressão ‘corrente pra frente’”, disse.

O autor do livro mostrou também como que a entrada das redes de televisão européia no esporte permitiu a capitalização dos clubes do continente e consequentemente a possibilidade de contratar os maiores craques do mundo. “Esse movimento significou a internacionalização do futebol,” disse Guterman. “Ao mesmo tempo em que Collor abriu as fronteiras para o capital estrangeiro, o Brasil passou a ser forte exportador de jogadores.” Daí resulta a perda de identificação do povo com a seleção brasileira, já que se em 1982 tinha dois convocados atuando no exterior, em 2006 foram 20.

Formicola trouxe o lado prático de uma empresa que investe no esporte com as marcas Olympicus e Reebok. Antes disso, fez uma revisão  histórica ao lembrar que o que definiu a entrada dos negócios no esporte foi a “briga” entre os sócios da Adidas. Essa desavença resultou na criação da Puma, que na Copa de 1970 fez o maior jogador do planeta, Pelé, atuar na final do Mundial com uma chuteira sua, iniciando a competitividade que existe até hoje entre as marcas esportivas.

O diretor de marketing da Vulcabrás contou que a entrada da empresa no futebol foi uma resposta ao desempenho ruim da área de confecções da empresa no início dos anos 2000. “Precisávamos ligar nossa marca com o maior esporte que é o futebol, e tem que ser pela porta da frente”, contou ele para justificar o acordo com o São Paulo FC em 2004. Como resultado, a venda de produtos do clube passou de 180 mil peças em 2005 para mais de 450 mil no ano seguinte. “Isso se deve ao fato de que não se trata de um contrato de patrocínio, mas de uma parceria com relacionamento diferenciado”, disse. “Temos relatórios mensais de venda e sempre um funcionário presente nas viagens do time para resolver qualquer tipo de problema.”

Outro caso de sucesso do marketing esportivo da Vulcabrás é o Flamengo. “O clube de maior torcida do país vendia um terço a menos do que o São Paulo, que tem a terceira maior torcida”, disse. A empresa conseguiu substituir a Nike, maior empresa esportiva do mundo, e em cinco meses e meio, conseguiu a marca de 1,2 milhão de peças vendidas.

A empresa considera que uma estratégia de sucesso depende de ter um bom mix de produtos, ou seja, oferecer aquilo que o torcedor quer comprar, e uma excelente distribuição a partir de vários pontos de venda, aproximando o cliente do produto. “Esse último ponto é importante inclusive para reduzir a pirataria, já que o torcedor tem acesso aos produtos oficiais facilmente”, afirmou. De fato, Formicola disse que houve uma redução de 50% na quantidade de produtos piratas vendidos nos clubes com quem tem contrato nesses quatro anos. “Administramos seis lojas do São Paulo e a ideia é abrir mais cinco este ano. O Flamengo possui uma na Gávea, mas já está em andamento a abertura de mais dez estabelecimentos”, completou.

A Trevisan, como uma autêntica escola de negócios, tem como uma de suas missões aproximar o ambiente acadêmico e o mundo dos negócios. O Encontro de Estudos Aplicados tem como objetivo estimular a aplicação prática de um conteúdo pesquisado ao reunir pesquisador e empresa para discutir os resultados da pesquisa e a realidade do mercado.

Sobre a Trevisan


Criada em 1999 por Antoninho Marmo Trevisan, um dos mais importantes empresários do País nas áreas de auditoria e consultoria, a Trevisan Escola de Negócios está enraizada no ambiente corporativo. A faculdade faz parte do seleto Top 50 de instituições privadas de ensino superior consideradas de excelência pelo primeiro ranking oficial do Ministério da Educação (MEC), de um total de 1.662 instituições deste tipo avaliadas no Brasil pelo Índice Geral de Cursos (IGC).
Além disso, o MEC mostrou, através dos resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade 2006), que a Trevisan Escola de Negócios obteve conceito máximo (nota 5) no índice que avalia o desempenho dos alunos. O conceito referiu-se ao curso de Ciências Contábeis. Ainda de acordo com os dados divulgados pelo MEC, os cursos de Marketing e Administração da Trevisan obtiveram conceito 4, ficando entre os melhores do Brasil.
A Trevisan Escola de Negócios também oferece cursos de MBAs e educação executiva no interior de São Paulo, em Ribeirão Bonito (localizada a 270 km da capital paulista). Esta unidade própria da Trevisan, que teve início das suas atividades em 2007, surgiu a partir de tendência verificada entre algumas das melhores escolas de negócios do mundo: Tuck School of Business, Standford University e INSEAD.
            No final de 2008, a Trevisan Escola de Negócios inaugurou unidade na cidade do Rio de Janeiro. Além de cursos intensivos e palestras, o campus oferece MBAs.

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