Porto Gente, Bruno Rios
O presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil, José Francisco Fonseca Marcondes Neto, concedeu entrevista ao Portogente e falou sobre a relação comercial entre os dois países, que segundo ele pode crescer ainda mais. Ele ainda reclamou de recentes declarações do senador Álvaro Dias, do PSDB do Paraná, que segundo o empresário são preconceituosas.
Portogente – O que o futuro reserva para a relação comercial entre Brasil e Venezuela?
José Francisco Fonseca Marcondes Neto – As relações comerciais cresceram muito nos últimos oito anos, durante a gestão do presidente Lula, tornando-se um dos principais destinos das exportações brasileiras. Os países são complementares em diversas questões comerciais, turísticas e culturais. Estas relações tendem a crescer muito, principalmente com o ingresso da Venezuela ao Mercosul como membro pleno, em especial no comércio com os estados do Norte e Nordeste do Brasil.
Portogente – Ter no comando da Venezuela um presidente polêmico como Hugo Chávez [foto] afasta ou atrai empresários brasileiros?
JFFMN -Não vejo problemas em ter Hugo Chávez como presidente. As relações comerciais aumentaram, e muito, durante o governo de Chávez e os empresários brasileiros são muito considerados e bem tratados pelo governo do país amigo.
Portogente - O senhor desaprova declarações como a do senador Álvaro Dias, que disse que a Vale passa por um "processo de venezuelização"?
JFFMN - Sim, estão rotulando o país vizinho, sem conhecer de fato a realidade. Fica um convite para que, antes de opinar desta forma preconceituosa, escutem a quem conhece a realidade venezuelana e se possível que viagem à Venezuela.
Portogente – Como a Venezuela e a PDVSA podem ajudar o Brasil nesse boom do petróleo que viveremos a partir do pré-sal?
JFFMN - PDVSA e Petrobras podem firmar acordos, não apenas para a construção de refinarias, mas também de trocas de tecnologia. Além disso, os empresários do Brasil têm espaço para investir em praticamente todos os setores, mas destacaria em especial a infraestrutura, indústria pesada, mineração e alimentos.
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