Bruno Rios - reportagem Porto Gente
Na segunda parte da entrevista exclusiva concedida ao Portogente, o presidente da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria Venezuela-Brasil, José Francisco Fonseca Marcondes Neto, comentou o estágio de industrialização da Venezuela hoje e explicou que parte das dificuldades econômicas vividas pelo país de Hugo Chávez tem como origem a crise do petróleo e a transição para a economia diversificada.
Portogente - Em que pé está a industrialização da Venezuela? É ou foi tão forte quanto à brasileira?
José Francisco Fonseca Marcondes Neto – Está se industrializando. Era meramente agrícola na década de 1970. Mas com o advento do petróleo, tornou-se um país petroleiro. Como boa parte dos países produtores de petróleo, o país não desenvolveu outros segmentos. Sob o meu ponto de vista, o que prega o socialismo do século XXI, tão divulgado pelo presidente Hugo Chávez, é a igualdade social, mas levando desenvolvimento para a nação, através da industrialização, tecnologia. Por isto, o governo de Hugo Chávez tem feito diversas parcerias com o Brasil.
Portogente - A Venezuela está em uma crise econômica? Como superá-la?
O que existe na Venezuela são dois fatores: primeiro, o fato de ser um país petroleiro e o preço do petróleo afetar diretamente as demais questões econômicas do país. Segundo, por consequência, ser um país em estágio de transição entre uma economia dependente do petróleo para uma economia diversificada.
Portogente - A Venezuela tem alguma lição a nos dar quanto à logística? Como estão os portos, estradas e rodovias por lá?
Os portos venezuelanos precisam passar por grandes reformas para melhor atender às crescentes demandas de exportação e importação. O modal transporte de carga é praticamente rodoviário e hidroviário. Algumas estradas podem ser exemplo de manutenção.
Portogente – Para o senhor, o Brasil realmente impõe muitas barreiras burocráticas a quem deseja exportar?
Sem dúvida, mas já foi pior na década de 1980, por exemplo.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Economia venezuelana não desenvolveu outros setores por causa do petróleo
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