O governo brasileiro espera que o Senado aprove logo o acordo com o Paraguai que triplica o valor pago pelo Brasil para usar a energia de Itaipu não utilizada no país vizinho. O documento foi aprovado no início de abril na Câmara dos Deputados.
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, acredita que a aprovação do acordo pelo congresso brasileiro repercuta na decisão paraguaia de aceitar a entrada da Venezuela no Mercosul.
"Temos muita confiança que consigamos fazer progressos rapidamente", afirmou Patriota sobre o tema, após encontro nesta terça-feira (3) com seu homólogo paraguaio, o ministro Jorge Lara Castro.
Há dois anos, o Brasil aprovou a entrada da Venezuela no bloco e desde então a decisão depende de análise do Congresso do Paraguai. Além do Brasil, Argentina e Uruguai também já ratificaram o ingresso da Venezuela.
O ministro do Paraguai também se mostrou confiante na aprovação do acordo firmado em 2009 entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente paraguaio, Fernando Lugo. Para entrar em vigor, entretanto, o texto precisa da aprovação do Parlamento dos dois países.
"Ambos os governos compreendem a importância de cooperar para ir superando as desigualdades e assimetrias", disse Castro. O plenário do senado discute o tema na tarde desta terça-feira.
Marco Aurélio Garcia, assessor de assuntos internacionais do Planalto, também disse estar otimista em relação ao ingresso da Venezuela no Mercosul. "A nossa expectativa é que [a entrada da Venezuela] seja aprovada. Esse é um problema da soberania paraguaia. Nós achamos que isso vai ajudar muito o processo de integração global da região, mesmo entre aqueles países que estão fora do Mercosul".
HONDURAS
Patriota afirmou ainda que conversou com o chanceler paraguaio sobre a anulação, pela Justiça de Honduras, de dois julgamentos referentes ao ex-presidente do país Manuel Zelaya.
"Foram levantados dois processos contra o Manuel Zelaya pelo sistema judiciário hondurenho, e com isso começa a aparecer um pouco de luz no fim do túnel. Esperamos que isso leve a um processo que permita a Honduras ser reincorporado ao convívio regional", afirmou o chanceler brasileiro.
O Brasil não reconhece o atual governo hondurenho, sob o comando de Porfirio
sábado, 21 de maio de 2011
Acordo de Itaipu pode agilizar decisão paraguaia sobre Venezuela no Mercosul
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