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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assumiu na noite desta quinta-feira (30), em pronunciamento na televisão estatal do país, que passou por cirurgia para retirar um tumor cancerígeno.
Este foi o primeiro comunicado oficial do político sobre o tema. Chávez está afastado do poder há dias e informações desencontradas sobre sua saúde provocaram uma onda de boatos no país, principalmente entre seus opositores.
Devido ao delicado estado de sua saúde, o governo venezuelano tinha anunciado na quarta-feira (29) a decisão de suspender uma cúpula regional no país.
O presidente está internado, desde o dia 10 de junho, em Havana (Cuba), após uma intervenção cirúrgica de urgência por um abscesso pélvico. Durante o processo, segundo Chávez confirmou, foi encontrado o tumor.
Segundo o presidente, ele passou por uma segunda operação cirúrgica depois que um "tumor abcessado", com presença de células cancerígenas, foi detectado. Segundo o presidente, o material foi retirado "totalmente" de seu corpo.
Chávez veio a público para afastar as dúvidas de que deixaria o poder, já que a falta de informações detalhadas sobre sua saúde despertou um panorama político incerto em ano pré-eleitoral.
Antes do discurso do presidente, o secretário da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) da Venezuela, Ramón Aveledo, declarou ironicamente que o governo parece ter adotado os hábitos de Cuba, que, segundo sua opinião, "é uma sociedade fechada onde estas coisas acontecem e as pessoas estão acostumadas a não saber o que está ocorrendo".
Em artigo publicado no jornal "El Universal", o analista Diego Bautista considerou que "nada voltará a ser igual" com relação à liderança de Chávez e que "seja qual seja a evolução" de sua saúde, o líder já ficou "politicamente debilitado".
Para o analista Carlos Romero, professor de Ciências Políticas da Universidade Central da Venezuela, "é precipitado" fazer previsões sobre as consequências da doença de Chávez, mas já é possível dizer que esta escancarou as fraquezas de opositores e governistas.
Romero destacou que a convalescença do presidente "revela uma série de situações que de uma ou outra maneira estavam tapadas", como as brigas internas no Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Para a oposição, a doença de Chávez é como "uma festa de 15 anos com o pai da menina ficando doente no dia anterior", concluiu.
*Com informações das agências internacionais
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